terça-feira, 31 de julho de 2012

Discurso Indireto: O verdadeiro sentido do "RECONHECER"

Discurso Indireto: O verdadeiro sentido do "RECONHECER": O governo estadual continua investindo muito… em propaganda enganosa sobre a atual situação do ensino público. Desta vez, após gastar mi...

O verdadeiro sentido do "RECONHECER"




O governo estadual continua investindo muito… em propaganda enganosa sobre a atual situação do ensino público. Desta vez, após gastar milhares de reais em cartilhas sobre o Programa Reconhecer – que concedia um bônus-enganação ao fim do ano e que depois mandou refazer tudo de novo, gastando novamente um grande volume de recursos em um documento que não diz a real intenção do projeto: calar a boca do educador e criar dentro da categoria um clima de insegurança e denuncismo -  a nova propaganda no ar na mídia regional, relata os investimentos em infraestrutura das unidades. Exemplo de enganação, está no caso do colégio Salvador Santos aqui em Anápolis: transferiram todo corpo docente e discente para um local "provisório" a mais de um ano com intuito de reconstruí-lo. E, até hoje, nada foi feito e o prédio virou ponto de encontro para dependentes químicos e traficantes; o fato foi mostrado pela TV tocantins em reportagem ontem, 30/07.

O desfalque provocado no salário do professor da rede estadual não será compensado pelo bônus. Para se ter uma ideia do rombo que as mudanças no plano de carreira causou, um professor com nível superior (P-III), letra “a” e que antes tinha gratificação de titularidade de 30% perdeu mais de R$ 10 mil por ano com a reforma feita pelo governador Marconi Perillo e pelo secretário estadual de Educação, Thiago Peixoto. O bônus, caso o professor não se ausente por nenhum motivo durante o ano letivo, nem mesmo por doença ou velório dos pais, é de até R$ 2 mil.

Prova de que a intenção do bônus é silenciar o trabalhador é que agora, diante de uma indignação generalizada, o governo ampliou o bônus-enganação para diretores, vice-diretores, secretários-gerais, coordenadores pedagógicos e tutores. O intuito é pressionar quem tem cargo de chefia para vigiar os professores e os funcionários administrativos.

É a mesma estratégia fracassada do ano passado, quando o governo fez muito barulho por causa do reajuste de 45% (número do partido do governador) na gratificação dada aos diretores de colégios. A intenção também era fazer o diretor pressionar o educador, mas não obteve sucesso uma vez que diretores também são educadores e todos estão comprometidos com um ensino público de público de qualidade e não com um governo que só pisa no trabalhador.

Enfim...será que o "RECONHECER" para um professor é realmente um bônus no qual para ter o direito ao mesmo não pode em hipótese alguma faltar ao trabalho, nem mesmo nas situações expostas anteriormente? O próprio governador ausentou-se do trabalho porque contraiu dengue; ele não contava e creio que jamais imaginaria ser alvo do Aedes aegypti; será que o secretário não teve nenhum problema pessoal como, dor de cabeça ou até mesmo diarreia? Se o professor não pode se ausentar, porque razão os gestores e coordenadores pedagógicos podem? Pois faltam e não é por motivos de reuniões ou encontros pedagógicos não... O programa "reconhecer" vale também para professor readaptado que está fora da sala de aula? Pois, vale. Dessa primeira parcela, conheço quem o recebeu. 

Ouvindo hoje uma entrevista com  o Prof. João Asmar, - pessoa muito querida e estimada na nossa Anápolis - o mesmo ao responder a uma pergunta do jornalista disse que se sentia muito realizado como educador pois contribuiu para a formação de grandes lideranças/personalidades de Goiás. Citou nomes, como de governadores, ex-ministros entre outros. 

Realmente, não é ficar sob a vigilância de tutores, técnicos, gestores, etc. é que se prova a eficácia de um profissional de excelência na educação estadual. O que literalmente comprova é verificar que contribuiu para a formação de crianças/ adolescentes /jovens há algum tempo atrás e hoje os ver brilhando profissionalmente. É ouvir de um ex-aluno o quanto fora importante em sua vida e o quanto aprendera através de suas aulas.

 Considero que tanto a educação (entendida como algo que não se resume à escola e sim a todos os meios de aprendizagem: família, mídia, lições dos mais experientes, trocas de idéias com outros etc.) como ensino (entendido como sistema escolar) possuem simultaneamente essas duas dimensões, ou seja, são ou podem ser ao mesmo tempo instrumento de dominação e de libertação. (WILLIAN, 2007, p. 15).





sexta-feira, 27 de julho de 2012

Discurso Indireto: "232 bombas atômicas."

Discurso Indireto: "232 bombas atômicas.": "Se quatro brasileiros, cada um com um manual de sobrevivência na mão, têm cinco minutos para lê- lo, num barco que está afundando, um de...

"232 bombas atômicas."

navio-brasil

"Se quatro brasileiros, cada um com um manual de sobrevivência na mão, têm cinco minutos para lê- lo, num barco que está afundando, um deles morrerá"


(Artigo publicado na edição de VEJA de 25 de julho,2012)





Semanalmente, quando recebo a Veja, a primeira página a que olho são a dos artigos publicados na última página. São sempre interessantíssimo e de  grande interesse social. Nesta última, o artigo publicado foi do Roberto Pompeu de Toledo e, o mesmo revela a nossa realidade brasileira no tocante a EDUCAÇÃO.  Confiram...






232 BOMBAS ATÔMICAS

Pesquisa divulgada na semana passada pela ONG Ação Educativa, em colaboração com o Instituto Paulo Montenegro, ligado ao Ibope, indica que 27% dos brasileiros são analfabetos funcionais.
Isso significa que, se quatro brasileiros, cada um com um manual de sobrevivência na mão, têm cinco minutos para lê- lo, num barco que está afundando, um deles morrerá.
A pesquisa toma por base os 130 milhões de brasileiros com idade acima de 15 anos. Caso todos eles se encontrassem na mesma situação, num superbarco, 32,5 milhões morreriam.
O cataclismo é de proporções cósmicas. Seriam necessárias 232 bombas como as que caíram sobre Hiroshima, onde morreram 140000 pessoas, para chegar a esse total.
O leitor, que é esperto, e tem a sorte de desde a adolescência ter escapado do clube dos analfabetos funcionais, sabe que o superbarco da imagem acima é o barco Brasil, e o “morrer” não é morrer de verdade, mas ser desclassificado para trabalhos que exijam o domínio de textos e de cálculos com média complexidade.
Temos quase dois Chiles de pessoas despreparadas para tarefas acima das rudimentares
O resultado continua sendo catastrófico: 32,5 milhões de brasileiros estão de saída desclassificados. O barco Brasil carrega quase dois Chiles de despreparados para tarefas acima das rudimentares.
A ONG Ação Educativa e o Instituto Paulo Montenegro começaram em 2001 a pesquisar o que chamam de Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf). De lá até agora, o índice de analfabetismo puro e simples caiu pela metade no país — de 12% para 6%. O de analfabetismo funcional também caiu — de 39% para 27%.
Nem por isso os índices são satisfatórios e, em alguns detalhes, a pesquisa revela um quadro ainda mais cruel. Afora o analfabetismo puro e simples, o Inaf considera três níveis de alfabetização: a rudimentar, a básica e a plena. A rudimentar é a que permite ler um anúncio e operar com pequenas quantias; a básica, a que possibilita ler textos mais longos e vencer operações como as que envolvem proporções; a plena, a que contempla os níveis mais altos de análise de textos e de operações matemáticas.
São três os níveis de alfabetização: a rudimentar, a básica e a plena. A rudimentar é a que permite ler um anúncio e operar com pequenas quantias; a básica, a que possibilita ler textos mais longos e vencer operações como as que envolvem proporções; a plena, a que contempla os níveis mais altos de análise de textos e de operações matemáticas



São três os níveis de alfabetização: a rudimentar, a básica e a plena. A rudimentar é a que permite ler um anúncio e operar com pequenas quantias; a básica, a que possibilita ler textos mais longos e vencer operações como as que envolvem proporções; a plena, a que contempla os níveis mais altos de análise de textos e de operações matemáticas. O percentual de plenos -- 26% -- é o mesmo hoje do que era em 2001!



Nem formados em universidades alcançam a alfabetização plena
Da soma dos alfabetizados básicos e plenos resulta o total dos alfabetizados funcionais. Eles são 73% hoje, contra 61% em 2001. Mas, considerados só os alfabetizados plenos, o total não se moveu: eram 26% em 2001 e continuam 26%.
Também é desanimadora a constatação de que, mesmo entre os portadores de diploma universitário, há carências na alfabetização. Trinta e oito por cento deles não alcançam o nível de alfabetização plena. Tal constatação põe por terra o argumento de que o mar de faculdades mambembes espalhado pelo país cumpriria ao menos o papel de suprir as deficiências escolares anteriores do aluno.
A presidente Dilma Rousseff disse outro dia, rodeada pelas crianças que participavam da Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, que não é pelo PIB que um país deve ser julgado, mas pela capacidade “de proteger o seu presente e o seu futuro, que são suas crianças e seus adolescentes”.
Foi criticada por vários motivos: porque sem um PIB robusto não há como cuidar bem das crianças; porque suas palavras embutiam a falácia de que o país cuida bem das crianças; porque fez a declaração no mesmo dia em que o Banco Central divulgava mais uma das hoje habituais más notícias quanto à saúde da economia.


Acompanhamos milimetricamente os respiros do PIB. Já em relação à educação…
As críticas eram justas. Se o PIB anda mal, vamos mudar de assunto — eis o convite com que acenava a presidente. Mas o fato de ela invocar o PIB quando falava de crianças tem a virtude de ressaltar a desproporção da atenção dispensada no país a um e outro. Os respiros do PIB são acompanhados milimetricamente. Uma notícia negativa, como o recuo de 0,02% em maio com relação a abril, como anunciava o Banco Central naquele dia, provoca a mobilização do ministro da Fazenda.
Já as más notícias na educação, que em última análise é o que mais importa, quando se fala em crianças e adolescentes, não produzem o mesmo efeito. Não há sinal de que o ministro da Educação tenha se abalado com a divulgação da pesquisa sobre o analfabetismo. Aliás, onde está o ministro da Educação? Não só o atual, mas seus antecessores, a não ser quando são candidatos a alguma coisa, onde se enfiam? Os ministros da Fazenda, o atual como os antecessores, estão sempre em todas.
Para fazer justiça, o problema não é só o ministro da Educação. Também não é só o governo. A sociedade mostra interesse igualmente apenas relativo pela catástrofe das 232 bombas de Hiroshima sobre a educação brasileira. As gerações perdidas vão se acumulando umas sobre as outras, num barco Brasil que mal e mal se equilibra, com tanta gente despreparada para decifrar o manual de sobrevivência.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Londres-2012 proíbe o uso de camisetas de Che Guevara.


Enquanto espectadores encontram longa lista de restrições, patrocinadores do evento ganham oportunidades




Os espectadores das Olimpíadas de Londres não poderão entrar nos estádios com diversos tipos de itens e até mesmo roupas, informou nesta quarta-feira (11/07) o Locog (o Comitê Organizador das Olímpiadas na sigla em inglês) por meio de uma lista de restrições de duas páginas.

A aplicação das regras será assegurada por um sistema de segurança que conta com câmeras, aparelhos de raio-X e mais de 23 mil seguranças, incluindo soldados do exército britânico e funcionários da empresa privada G4S.
Objetos e roupas que ostentam declarações políticas ou remetem a outras identificações comerciais que não a dos patrocinadores do evento estão proibidas. Dessa forma, o comitê evita que camisetas estampadas com Che Guevara ou críticas politizadas a empresas financiadoras das Olimpíadas estejam presentes na plateia.
As bandeiras, tão utilizadas nas comemorações de disputas, também foram alvo das restrições do comitê. Flâmulas de países que não estão participando dos jogos também não são permitidas, mas a regra não se aplica às bandeiras individuais da Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Mesmo assim, apenas bandeiras com até 1 metro por 2 metros entrarão nos estádios.
Outros itens utilizados para torcer pelas equipes, como vuvuzelas, tambores, apitos e cornetas também foram vetados dos Jogos Olímpicos deste ano.
Assim como nos aeroportos internacionais, líquidos com mais de 100 ml e mochilas com mais de 25 litros de capacidade não poderão entrar. O porte de alimentos também sofreu restrições de modo que os espectadores não poderão trazer ao evento uma “quantidade excessiva de comida”, segundo o documento oficial
Se os visitantes desejarem se alimentar, terão que arcar com os elevados custos das cantinas e restaurantes oficiais do evento, onde o almoço sairá por 40 libras, o hot-dog por 6 libras, uma garrafa de água por 1,60 libras e um refrigerante 2,80 libras.

Até os fornecedores oficiais de alimentos sofrerão restrições do comitê. “Por conta de obrigações com nosso financiador, o McDonalds, o Locog instruiu a equipe de catering a não vender batatas fritas no Parque Olímpico a não ser que façam parte do tradicional prato inglês ‘fish and chips’”, explicou em nota a organização do evento.
O McDonalds, um dos maiores financiadores do evento, deve lucrar com as decisões. A empresa estabeleceu sua maior filial do mundo no Parque Olímpico com 1,5 mil lugares disponíveis.
Na segunda-feira (09/07), a Assembleia de Londres, instituição legislativa que analisa as atividades do prefeito da capital britânica, recomendou a exclusão da Coca-Cola e do McDonald's do patrocínio dos Jogos Olímpicos de Londres, que começam em 27 de julho próximo. Para o órgão, as Olimpíadas, evento que recebe os melhores atletas do mundo, não deveriam ser usadas por empresas que fabricam produtos com altos índices calóricos, como refrigerantes e hambúrgueres. 






quarta-feira, 18 de julho de 2012

Discurso Indireto: Anápolis está entre as DEZ primeiras cidades digit...

Discurso Indireto: Anápolis está entre as DEZ primeiras cidades digit...: O termo Cidade Digital (ou Cibercidade) abrange quatro tipos de experiências que relacionam cidades e novas tecnologias de comunic...

Discurso Indireto: Discurso Indireto: O descaso do governo de Goiás c...

Discurso Indireto: Discurso Indireto: O descaso do governo de Goiás c...: Discurso Indireto: O descaso do governo de Goiás com as obras em esco... : Subsecretária acompanha obras da reconstrução do Colégio Estadual...

Anápolis está entre as DEZ primeiras cidades digitais do Brasil.




O termo Cidade Digital (ou Cibercidade) abrange quatro tipos de experiências que relacionam cidades e novas tecnologias de comunicação. Em primeiro lugar, e parece ter sido essa a origem do termo, entende-se por Cidade Digital projetos governamentais, privados e/ou da sociedade civil que visam criar uma representação na web de um determinado lugar. Cidade Digital é aqui um portal com informações gerais e serviços, comunidades virtuais e representação política sobre uma determinada área urbana. Um dos projetos pioneiros foi “De Digitale Stad”, da cidade de Amsterdã, criado em 1994 por uma organização civil hoje transformada em entidade de utilidade pública.

Entende-se, em segundo lugar, por Cidade Digital, a criação de infra-estrutura, serviços e acesso público em uma determinada área urbana para o uso das novas tecnologias e redes telemáticas. O objetivo é criar interfaces entre o espaço eletrônico e o espaço físico através de oferecimento de teleportos, telecentros, quiosques multimídia e áreas de acesso e serviços. Há inúmeras iniciativas no Brasil. O Ministério das Comunicações elaborou um Plano Nacional de Cidades Digitais para levar banda larga a todo o país. O objetivo é articular ações de inclusão digital, levando acesso à internet para toda a população em cinco anos.

Um terceiro tipo de Cidade Digital refere-se a modelagens 3D a partir de Sistemas de Informação Espacial (SIS, spacial information system e GIS, geographic information system) para criação de simulação de espaços urbanos. Esses modelos são chamados de “CyberCity SIS” e são sistemas informatizados utilizados para visualizar e processar dados espaciais de cidades. As simulações ajudam no planejamento e gestão do espaço, servindo como instrumento estratégico do urbanismo contemporâneo.

A quarta categoria, que podemos chamar de “metafórica”, é formada por projetos que não representam um espaço urbano real. Estes projetos são chamados por alguns autores de “non-grounded cybercities”, cidades não enraizadas em espaços urbanos reais. Essas Cidades Digitais são sites que criam comunidades virtuais (fóruns, chats, news, etc.) utilizando a metáfora de uma cidade para a organização do acesso e da navegação pelas informações. Nesse caso, não há uma cidade real, como por exemplo “Twin Worlds”, “V-Chat”, “DigitalEE” ou o popular “Second Life”.

“É importante destacar que, além da amostragem maior e mais
abrangente, incluindo municípios de todas as regiões do país, houve
também uma melhora na pontuação das cidades que participaram pela segunda vez da pesquisa. Prova disso é o aumento médio de 22% na pontuação dessas cidades”, afirmou Hélio Graciosa, presidente do CPqD.

Para medir o nível de digitalização das cidades brasileiras, o CPqD, em parceria com a Momento Editorial, criou um questionário com perguntas formuladas a partir de critérios relacionados à infraestrutura tecnológica (equipamentos, cobertura geográfica, disponibilidade de serviços digitais e recursos de acessibilidade) para pessoas com deficiências físicas ou analfabetas. O questionário foi respondido por cem municípios de todas as regiões do Brasil. As cidades foram agrupadas em seis níveis de desenvolvimento digital.
A premiação deste ano mostrou que boa parte dos municípios analisados conseguiu avançar de posição e 30 já estão no grau intermediário de desenvolvimento digital (o equivalente ao nível três, numa escala de um a seis). Na primeira edição do estudo, realizada no ano passado, apenas quatro das 75 cidades estavam nesse estágio.
Como em 2011, as quatro primeiras posições do ranking deste ano são ocupadas por capitais: Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória.
Esta é a lista dos municípios classificados nas dez primeiras posições do Índice Brasil de Cidades Digitais 2012 - e suas respectivas pontuações:


1.º - Curitiba (PR)  - 423 pontos
2.º - Rio de Janeiro (RJ) - 407 pontos
3.º - Belo Horizonte (MG) - 398 pontos
4.º - Vitória (ES) - 396 pontos
5.º - Campinas (SP) - 390 pontos
6.º - Sorocaba (SP) - 388 pontos
6.º - Anápolis (GO) - 388 pontos
7.º - Porto Alegre (RS) - 387 pontos
8.º - Jundiaí (SP)  - 385 pontos
9.º - Guarulhos (SP) - 382 pontos
10.º - Santos (SP)  - 378 pontos
Hotspot

São pontos de acesso livre à internet. Nos hotspots, com um notebook ou um computador de mão, com placa de rede sem fio, ou com celular WiFi, é possível acessar a Internet gratuitamente e navegar por tempo indeterminado no site da Prefeitura e por tempo limitado a três horas diárias em outras páginas.

As metrópoles são hoje cidades “desplugadas”, ambientes de conexão envolvendo o usuário em mobilidade, interligando máquinas, pessoas e objetos no espaço urbano. Os lugares tradicionais, como ruas, praças, avenidas estão, pouco a pouco, transformando-se com as novas práticas socioculturais de acesso e controle da informação. A máxima que reza que o ciberespaço desconecta-se do espaço físico não se sustenta atualmente. A cidade contemporânea caminha para se transformar em um lugar de conexão permanente, ubíquo, permitindo trocas de informação em mobilidade criando “territórios informacionais”.

Em todas as acepções do termo, fica evidente que por Cidade Digital não podemos pensar em um espaço abstrato na Internet. Devemos compreendê-la como uma nova dimensão do urbano, e não como uma “outra” cidade, como um espaço “virtual” ou como uma “cidade na internet”. Trata-se efetivamente de uma reorganização das cidades existentes, fruto da nova relação entre o espaço urbano (e suas práticas) e as tecnologias digitais de informação e comunicação. Cidades Digitais são as aquelas em que a interface de redes e tecnologias informacionais com o espaço urbano já é uma realidade.

O objetivo maior dessa nova infra-estrutura é promover o vínculo social, a inclusão digital, democratizar o acesso à informação, produzir dados para a gestão do espaço, aquecer as atividades políticas, culturais e econômicas e reforçar a dimensão pública. O desafio é criar formas de comunicação e de uso do espaço físico, favorecer a apropriação social das novas tecnologias e fortalecer a democracia com experiências de governo eletrônico e cibercidadania. A atual revolução na infra-estrutura urbana é uma das mais fundamentais mudanças no desenvolvimento das redes urbanas desde o começo do século passado.

E, aguardem... nossa cidade em breve terá um PLANETÁRIO!!!!!!


sexta-feira, 13 de julho de 2012

Discurso Indireto: O descaso do governo de Goiás com as obras em esco...

Discurso Indireto: O descaso do governo de Goiás com as obras em esco...: Subsecretária acompanha obras da reconstrução do Colégio Estadual Herta Layser O’Dawer 08/04/2011 A Subsecretária Regional ...

O descaso do governo de Goiás com as obras em escolas da rede estadual.


Subsecretária acompanha obras da reconstrução do Colégio Estadual Herta Layser O’Dawer

08/04/2011
A Subsecretária Regional de Educação de Anápolis, Profª. Gabriela Campos de Souza, vem acompanhando os trabalhos de reconstrução do Colégio Estadual Herta Layser O’Dawer – Jardim Progresso.
Em visita “in loco”, a Subsecretária conversou com os funcionários da  AGETOP e certificou-se de que os avanços da obra são uma realidade.
A referida Unidade Escolar é parte de um conjunto de escolas que atendem ao Modelo Padrão Século XXI. 
Como vimos acima, já se passaram mais de um ano dessa publicação que fora feito  no Boletim Informativo da Subsecretaria de Educação de Anápolis...
Bom... o referido colégio, teve suas instalações transferidas para um local "provisório" de acordo com o Governo do Estado de Goiás (e que passou a funcionar nesse lugar a partir do segundo semestre) em 2010.
De acordo com o governo, o prazo para retornarem ao novo colégio, que é tido como  modelo para Goiás, seria de apenas um ano.
Prestes a voltarmos a ativa com o 2º semestre de 2012, as obras estão paradas. Falta muito pouco para a conclusão; menos de 10%. E, nenhuma resposta até agora sobre a efetivação da obra.
Enfim, o motivo desta publicação, foi após ouvir um colega falar a uma emissora AM local sobre as dificuldades que todo corpo docente/administrativo vem encontrando em continuar seus trabalhos no local tido como "provisório".
Segundo a reportagem, alguns colegas já estão dispostos a se transferirem para outras unidades de ensino devido a falta de infraestrutura do local e as péssimas condições para ministrarem suas aulas. Lá, os professores/alunos estão convivendo até com esgoto fétido escorrendo pelas salas além da água potável que   é   de péssima qualidade. Os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental do turno vespertino e o turno noturno, estão alojados em salas da Igreja São Cristovão nas medições da sede oficial do colégio. E, lá também devido a obra da referida igreja não ter sido concluída, alunos e professores já  estão desenvolvendo problemas de saúde como alergias,pois lá ainda está no contra-piso. 
Mais agravante estarão à partir do reinicio das aulas porque o pároco da igreja em questão, já pediu a desocupação das instalações.
É essa a educação de qualidade que a Secretaria da Educação de Goiás vem exigindo de todo corpo docente?
De que adianta exigir de todo corpo docente do Estado os planejamentos quinzenais e que contabilizam "bônus" dentro do Programa Reconhecer?
De que adianta exigir a visita semanal dos chamados técnicos e também tutoras pedagógicas, para "fiscalizarem" o funcionamento das unidades escolares do estado?
De que adianta as enormes exigências em relação ao PDE pois se sabemos que,

a educação é parte de um conjunto de interações e interconexões, recíprocas e não pode ser dissociada dele, tratada isoladamente. É parte de um todo, porém este todo sendo um processo, só a noção de totalidade permite compreender a inter-relação de cada parte com os demais, pois não se trata de um todo estático, e sim de uma realidade total em movimento na qual a alteração de qualquer elemento influi sobre os demais (PINTO, 1997, p.51).


Desse modo,entendemos que a qualidade da educação está diretamente relacionada às condições e às circunstâncias sociais: que não dá para se pensar na qualidade da educação por si só; que não da para se fazer educação de qualquer jeito; que não dá para pensar em forma dissociada do conteúdo e o conteúdo da forma; que a qualidade e a qualidade se pressupõem mutuamente.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Discurso Indireto: MENOR + ÁLCOOL PROIBIDO MAS NINGUÉM LIGA.

Discurso Indireto: MENOR + ÁLCOOL PROIBIDO MAS NINGUÉM LIGA.: Com o título "Vergonha Nacional" a revista Veja datada de 09/07/2012, trouxe uma matéria muito importante e que reproduzi a seguir. Isso...

MENOR + ÁLCOOL PROIBIDO MAS NINGUÉM LIGA.





Com o título "Vergonha Nacional" a revista Veja datada de 09/07/2012, trouxe uma matéria muito importante e que reproduzi a seguir. Isso porque, como educadora, ouço constantemente alunos ainda menores de 15 anos falarem que ingerem álcool a vontade e muitas das vezes com a permissão dos responsáveis. Para ser mais precisa, já ouvi aluno(a) de 12 anos contar aos colegas o quanto beberam em fins de semana. E, após ler a referida reportagem, achei que publicá-la, seria um meio de levar a mesma a milhares de pessoas que não tem acesso ou não se interessam em ler revistas de publicação semanal, como é o caso de nossos jovens. 

A mesma inicia-se com a seguinte chamada: "A lei proíbe menores de beber, mas ninguém, nem os pais, a respeita. Os jovens pagam o preço por isso, e ele é alto" 



De todas as leis ignoradas no Brasil — e a lista é longa —, poucas são descumpridas com tanta naturalidade, e na escala, como aquela que proíbe menores de 18 anos de beber. Pesquisa inédita feita  em sete capitais do país — São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Belém e Campo Grande — mostra que adolescentes que tentam comprar bebidas alcoólicas têm sucesso em, pelo menos, 70% das vezes. Na capital paraense, esse índice chega a estupefacientes 88%, recorde seguido de perto pelo Rio, com 86%. Mesmo em São Paulo, onde uma norma estadual aumenta o rigor das punições aos donos de estabelecimentos que vendem bebidas para menores, 71% dos adolescentes têm trânsito livre para o balcão do bar. As décadas de descumprimento da lei fizeram mais do que consolidar a ideia de que ela não passa de letra morta — contribuíram para que os adultos se habituassem a ver o consumo de bebida por adolescentes como  um “mal menor”, comparado aos perigos do mundo. “Não é”, afirma o autor do estudo e uma das principais autoridades brasileiras no assunto, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e coordenador do Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Drogas. “Òs pais precisam entender que o álcool potencializa o risco de que aconteça aos seus filhos o que eles mais temem.’" Leia-se: que eles se metam em encrencas, e das grandes.
Levantamentos feitos no Brasil e no exterior comprovam que beber — em qualquer idade — potencializa comportamentos temerários. No adolescente, com sua onipotência e impulsividade características, o risco de o álcool provocar ou facilitar situações como gravidez precoce, contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, envolvimento com a criminalidade e uso de drogas ilícitas é perigosamente maior. Junte-se a isso o fato de que, num organismo jovem, o impacto e as consequências da ingestão de bebida são muito diferentes do que os que incidem sobre um adulto  a conclusão — unânime — dos especialistas é menores de 18 anos não devem beber sequer uma gota de álcool.
A experiência de muitos adultos, no entanto, ajuda a enfraquecer o que, para os cientistas, é uma certeza. Muitos pais pensam: “Tomei minhas doses quando era jovem e hoje tenho um emprego estável, uma família feliz e uma relação saudável com a bebida”. Por causa disso, novas pesquisas têm tentado matizar as categorias de bebedores jovens e precisar os riscos associados a cada perfil. Esse tipo de estudo é realizado há pelo menos uma década no exterior, mas só há pouco tempo começou a ser feito também aqui. Um precioso levantamento, a ser publicado no mês que vem na revista científica Drugs and Alcohol Dependence, ouviu 15000 jovens nas 27 capitais brasileiras para mapear como, onde, quanto e o que bebem os adolescentes brasileiros. O foco escolhido foi o grupo que mais preocupa quem trata do problema: jovens que bebem ao menos cinco doses de álcool em uma única ocasião — ou seja, que incorrem na popular “bebedeira”. O cenário que emerge do estudo é alarmante. Ao longo de um ano, um em cada três jovens brasileiros de 14 a 17 anos se embebedou ao menos uma vez. Em 40% dos casos mais recentes, isso ocorreu na sua casa ou na de amigos e parentes. Os números confirmam também a leniência com que adultos encaram a transgressão. Em 11% dos episódios, os menores estavam acompanhados dos próprios pais ou de tios.
Um dos dados que mais chamam atenção na pesquisa é o que mostra que, ao contrário de países como os Estados Unidos, por exemplo, no Brasil, os jovens mais ricos são os que mais têm o hábito de se embebedar. O estudo mostrou  que quase metade dos jovens da classe A, em que a renda familiar média supera os 10000 reais, se embriagaram ao menos uma vez no último ano. É quase o dobro do índice registrado entre as classes D e E (renda familiar média de  600 reais). Segundo uma das autoras do estudo, Zila Sanchez, isso se deve sobretudo ao fato de que os brasileiros ainda relevam os riscos do álcool, ao contrário do que ocorre entre os americanos. Além disso, jovens ricos têm uma vida social mais ativa e maior autonomia financeira do que os mais pobres, o que facilita o acesso à bebida. Influenciaria, ainda, um menor temor dos pais dessa classe média alta de que seus filhos se tornem marginais ou fracassados em razão do contato com o álcool, já que o ambiente de proteção social e o histórico familiar não apontam nessa direção. Essa realidade já influencia também a oferta de serviços de saúde. Há cerca de dois anos, os médicos do Hospital Israelita Albert Einstein, reduto da classe A, começaram a notar o fenômeno. “Não era comum atendermos adolescentes de 13 e 14 anos com intoxicações alcoólicas. Agora, dois ou três costumam dar entrada aqui por noite às sextas-feiras e aos sábados", explica a pediatra Paula Cristina Ranzini. da Unidade de Pronto Atendimento Infantil da unidade Morumbi do Einstein. Os jovens chegam entre 23 horas e meia-noite e são levados pelos pais ou por pais de amigos. A situação mais comum é terem exagerado em bebidas ice (como é conhecida a mistura de vodca com refrigerante ou suco de fruta) e destilados em festas na casa de amigos, chamadas de "esquenta". Os pais ficam perplexos e, muitas vezes, trocam acusações na frente dos médicos. Diante da situação, o hospital montou um protocolo de atendimento especial para adolescentes embriagados, que prevê encaminhamento para consulta com terapeuta e, nos casos mais graves, avaliação psicológica antes da alta.
Entrevistas feitas por VEJA com jovens, pais e funcionários de bares de norte a sul do Brasil refletem com precisão a teoria do “mal menor" captada pelas pesquisas. Uma mãe de Porto Alegre, por exemplo, disse que incentiva os filhos a beber em casa com os amigos para que não façam isso na rua, onde estariam desamparados. Ela acredita que assim está protegendo devidamente os meninos. Outros, como um garçom de Belém, admitem vender bebidas a menores, porque, se ele não o fizer, “outra pessoa vai  fazer". Documentos de identidade falsificados, companhia indispensável nas noitadas, são aceitos à larga. E a completa falta de fiscalização para coibir tanto o consumo como a venda das bebidas é a regra. Vende-se livremente porque não há a menor possibilidade de punição. Algumas iniciativas isoladas, no entanto, começam a atacar o problema.
Em outubro do ano passado, o governo paulista sancionou uma lei que prevê multa de até 92 000 reais a estabelecimentos que vendam bebidas a menores, mudando o eixo da correção da pessoa física — o garçom incauto — para a jurídica — o dono do empreendimento. Quase 200000 locais já foram inspecionados, mas em menos de 1000 houve punição, o que demonstra que ainda há um longo caminho a percorrer. Campanhas mais localizadas também têm surtido efeito. Em Pindamonhangaba, no interior de São Paulo, moradores se mobilizam desde 2008 para diminuir o consumo de álcool entre os jovens. Nem o tradicional quentão é mais servido nas festas juninas, e o número de lugares que vendem bebidas a menores caiu cerca de 50% — abaixo da média brasileira, mas ainda um escândalo.
Esse cenário de vergonha nacional requer, antes de tudo, uma mudança de mentalidade. Até recentemente, pouca gente achava que o cinto de segurança era um acessório útil — ou via algum problema em estar ao lado de um fumante num bar ou em outro ambiente fechado. Essas visões não mudaram a partir da criação de novas leis, mas a partir do momento em que a obediência às regras passou a ser cobrada. A fiscalização precisa ser apertada nas ruas e o rigor tem de aumentar em casa. Nos dois casos, o caminho mais seguro para proteger os adolescentes das ciladas do álcool é um só: seguir a lei. Bebida só depois dos 18.
Eis os riscos do uso pelos jovens de álcool:
Cérebro:
Com o cérebro ainda em formação, as atividades no hipocampo, onde se processam o aprendizado e a memória, diminuem, podendo prejudicar o desenvolvimento dessa área, O álcool causa ainda estragos no córtex pré-frontal, responsável pelo planejamento de longo prazo e pelo controle das emoções. Estudos indicam que, nessa região, a morte de células entre os jovens é o dobro do que ocorre nos adultos.
Fígado:
Entre todas a células do corpo humano, as do fígado são as mais vulneráveis à destruição pelo excesso de álcool. Em parte, elas se regeneram, mas leva tempo, comprometendo esse órgão, que, no adolescente, ainda não funciona com plena capacidade. Quanto mais cedo se começa a beber, maior a chance de desenvolver cirrose na vida adulta.
Coração:
O abuso do álcool destrói o tecido muscular, propiciando inflamações e reduzindo a circulação sanguínea. Pesquisas mostram que, como nos jovens as artérias são mais elásticas, elas tendem a acumular em volume maior de sangue em certos pontos, o que resulta em infartos ainda mais agressivos.
Sistema Endócrino:
O álcool afeta a produção de testosterona nos homens e de estrogênio nas mulheres justamente na fase em que essa produção está no ápice. Pode causar impotência e infertilidade precoces. As taxas de hormônio de crescimento também diminuem, bem como as do hormônio responsável pela calcificação, o que eleva as chances de osteoporose na vida adulta.



09 de Julho de 2012 - 80 anos da Revolução constitucionalista de 1932.






São estes, os cartazes que conclamavam os paulistas há oitenta anos atrás para o início da  Revolução Constitucionalista de 1932, Revolução de 1932 ou Gerra Paulista, que  foi o movimento armado ocorrido no Brasil entre os meses de julho e outubro de 1932, onde o Estado de São Paulo visava a derrubada do Governo Provisório de Getúlio Vargas e a promulgação de uma nova constituição para o Brasil. Foi uma resposta paulista à Revolução de 1930, a qual acabou com a autonomia que os estados gozavam durante a vigência da Constituição de 1891. a revolução de 1930impediu a posse do governador de São Paulo Júlio Prestes na presidência da República e derrubou do poder o presidente Washington Luís, que fora governador de São Paulo de 1920 a 1924, colocando fim à República Velha.

Atualmente, o dia 9 de julho que marca o início da Revolução de 1932 é a data cívica mais importante para o estado de São Paulo e feriado estadual. Os paulistas consideram a Revolução de 1932 como sendo o evento cívico de sua história.


São Paulo e Campinas sofrendo bombardeios aéreos; o porto de Santos bloqueado por navios de guerra; cidades dos vales do Paraíba e do Ribeira sofrendo ataques de artilharia e trincheiras repletas de soldados cavadas nas divisas do Estado. Tudo isso, hoje algo impensável, aconteceu faz 80 anos.
A Revolução de 32 não é um mero registro histórico. Foi algo que afetou milhões de pessoas e ainda assombra imaginações e o imaginário.


Na capital, os monumentos e os nomes de ruas e avenidas deixam isso claro. Na região próxima ao parque do Ibirapuera ficam tanto o Monumento às Bandeiras, do escultor Victor Brecheret, como o Obelisco Mausoléu aos Heróis de 32, de Galileo Ugo Emendabili. E aos locais se chega pela avenida 23 de maio, uma das datas importantes do movimento.Ironicamente, a Fundação Getúlio Vargas fica próxima à avenida batizada com a data do início do levante, a 9 de Julho. Mas São Paulo continua sendo resistente a usar o nome do ditador. Não há o equivalente à importante avenida Presidente Vargas, do Rio, por exemplo.


Vargas foi quem provocou a coisa, afinal, com a derrubada do presidente Washington Luís, em outubro de 1930. Ele até foi bem recebido no Estado a caminho da capital, então o Rio de Janeiro. Mas logo começou a bater de frente com os políticos paulistas, saudosos do poder que tinham na República Velha.Por exemplo, Vargas nomeou como "interventor" (no lugar do governador) o tenentista pernambucano João Alberto Lins de Barros.


Só em março de 1932 Vargas nomeou um interventor mais ao gosto dos paulistas, um civil e nativo do Estado, o diplomata aposentado Pedro de Toledo. Mas ao mesmo tempo o ditador quis mandar no comando da Força Pública (como era chamada a hoje Polícia Militar).


A Força Pública era um trunfo particularmente importante, pois constituía um verdadeiro exército em menor escala, dotada de armas como metralhadoras.


Os políticos e os militares envolvidos na conspiração contra Vargas foram ineptos. Deflagraram o movimento antes da hora, sem articular ações eficazes com potenciais revoltosos em outros estados, especialmente Minas Gerais e Rio Grande do Sul. São Paulo, com pequeno apoio de Mato Grosso, ficou isolado.A melhor estratégia seria concentrar forças no Vale do Paraíba e rumar ao centro do poder, o Rio. Em vez de fazer isso, os líderes paulistas preferiram ficar na defesa.Já a estratégia do ditador foi correta. Isolou São Paulo por terra e por mar, e diplomaticamente.



As principais frentes de combate estavam todas vinculadas a ferrovias e rodovias. É por isso que os famosos trens blindados foram tão importantes no conflito.


Os dois lados tiveram centenas de mortos. Não houve batalhas espetaculares; era mais razoável fugir ou se render do que lutar até a morte em uma guerra "entre irmãos". Uma batalha podia ter dez mortos, 30 feridos e 400 prisioneiros.


Vargas venceu em 32, mas houve a Constituinte em 34 (que ele já tinha prometido antes da revolta). Os líderes paulistas foram exilados, mas por pouco tempo. Vargas deu um golpe de Estado em 1937, mas o legado de 32 permaneceu e foi importante no debate ideológico subsequente e que vem até hoje.


ESTUDOS

Em 80 anos, muita tinta foi usada para descrever a Revolução de 1932. É possível identificar pelo menos três fases.Houve uma primeira onda de textos, principalmente de origem paulista (e incluindo livros de memórias), exaltando os ideais democráticos do levante; e em seguida uma leva posterior, de origem marxista, ressaltando a ideia de que tudo não passou de uma briga entre grupos da "classe dominante", e sempre que foi necessário os "proletários" foram perseguidos.


Novos pesquisadores tentam entender o caráter multifacetado do evento, identificando uma participação popular inédita na história.


O historiador Marco Antonio Villa deixa claro que a "questão democrática" foi "a grande herança política da revolução, uma espécie de tesouro perdido, muito valioso, especialmente em um país marcado por uma tradição conservadora, elitista e antidemocrática".










quinta-feira, 5 de julho de 2012

Discurso Indireto: Ditadura destruiu mais de 19 mil documentos secret...

Discurso Indireto: Ditadura destruiu mais de 19 mil documentos secret...: O texto a seguir, foi publicado na Folha de São Paulo em 02 de julho do corrente... Guardado em sigilo por mais de três décadas, um co...

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Discurso Indireto: Discurso Indireto: Redes sociais podem influenciar...: Discurso Indireto: Redes sociais podem influenciar em processos selet... : É comum as pessoas comentarem ou postarem informações a respeito ...

Ditadura destruiu mais de 19 mil documentos secretos.


O texto a seguir, foi publicado na Folha de São Paulo em 02 de julho do corrente...




Guardado em sigilo por mais de três décadas, um conjunto de 40 relatórios encadernados detalha a destruição de aproximadamente 19,4 mil documentos secretos produzidos ao longo da ditadura militar (1964-1985) pelo extinto SNI (Serviço Nacional de Informações).
As ordens de destruição, agora liberadas à consulta pelo Arquivo Nacional de Brasília, partiram do comando do SNI e foram cumpridas no segundo semestre de 1981, no governo de João Baptista Figueiredo (1979-1985).
'Foi tudo de acordo com a lei', diz general que chefiava extinto SNI
Do material destruído, o SNI guardou apenas um resumo, de uma ou duas linhas, que ajuda a entender o que foi eliminado.
Dentre os documentos, estavam relatórios sobre personalidades famosas, como o ex-governador do Rio Leonel Brizola (1922-2004), o arcebispo católico dom Helder Câmara (1909-1999), o poeta e compositor Vinicius de Moraes (1913-1980) e o poeta João Cabral de Melo Neto (1920-1999).
Alguns papéis podiam causar incômodo aos militares, como um relatório intitulado "Tráfico de Influência de Parente do Presidente da República". O material era relacionado ao ex-presidente Emílio Garrastazu Médici, que governou de 1969 a 1974.
Outros documentos destruídos descreviam supostas "contas bancárias no exterior" do ex-governador de São Paulo Adhemar de Barros ou a "infiltração de subversivos no Banco do Brasil".
Boa parte dos documentos eliminados trata de pessoas mortas até 1981. A análise dos registros sugere que o SNI procurava se livrar de todos os dados de pessoas mortas, talvez por considerar que elas não eram mais de importância para as atividades de vigilância da ditadura.
LEGISLAÇÃO
Algumas das ordens de destruição foram assinadas pelo general Newton Cruz, que foi chefe da agência central do SNI entre 1978 e 1983.
Em entrevista por telefone realizada na semana passada, Cruz, que está com 87 anos, disse que não se recorda de detalhes das destruições. Mas afirmou ter "cumprido a lei da época".
A legislação em vigor nos anos 80 abria amplo espaço para eliminações indiscriminadas de documentos. Baixado durante a ditadura, o Regulamento para Salvaguarda de Assuntos Sigilosos, de 1967, estabelecia que materiais sigilosos poderiam ser destruídos, mas não exigia motivos objetivos. Bastava que uma equipe de três militares decidisse que os papéis "eram inúteis" como dado de inteligência militar.

A prática da destruição de papéis sigilosos foi adotada por outros órgãos estatais.
Como a Folha revelou em 2008, pelo menos 39 relatórios secretos do Exército e do extinto Emfa (Estado-Maior das Forças Armadas) foram incinerados pela ditadura entre o final dos anos 60 e o início dos 70.
Segundo quatro "termos de destruição" arquivados pelo CSN (Conselho de Segurança Nacional), órgão de assessoria direta do presidente da República, foram queimados documentos nos anos de 1969 e 1972.
Editoria de arte/Folhapress

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Discurso Indireto: Redes sociais podem influenciar em processos selet...

Discurso Indireto: Redes sociais podem influenciar em processos selet...: É comum as pessoas comentarem ou postarem informações a respeito de sua conduta no dia a dia nas redes sociais. Esta prática vem se torna...

Redes sociais podem influenciar em processos seletivos.






É comum as pessoas comentarem ou postarem informações a respeito de sua conduta no dia a dia nas redes sociais. Esta prática vem se tornando uma grande e significante fonte para os recrutadores na hora da seleção dos candidatos, já que os candidatos acabam expondo características profissionais e pessoais.


Os trabalhadores  devem ficar atentos ao conteúdo publicado na internet; cuidado com as informações expostas, pois elas podem auxiliar ou denegrir a imagem de uma pessoa por determinadas situações colocadas.


Cada rede social tem seu conteúdo próprio. No Linkedin, onde muitas pessoas trocam informações para realmente buscar o lado profissional, pode ser positivo para quem almeja por uma vaga. Nesse caso a divulgação do perfil pode ser bastante útil para busca de profissionais e oportunidades, é uma rede extremamente profissional, fonte de ótimas informações.


Por outro lado, o Facebook pode servir de fonte para a empresa coletar outros aspectos sobre os candidatos. A empresa certamente buscará informações sobre o lado pessoal, rede de amigos, atividades realizadas, comunidades associadas, comentários e fotos.


Portanto, os profissionais devem aproveitar seus perfis na internet. Essas informações ou redes de relacionamentos auxiliam em pequenos detalhes quanto à contratação, porém vemos que na grande maioria das empresas, a efetividade de um profissional é avaliada em testes e períodos de experiência. Por isso, não custa se atentar às informações mencionadas através de seus perfis para quem sabe garantir uma oportunidade de recolocação.