segunda-feira, 25 de junho de 2012

Discurso Indireto: O verdadeiro "RECONHECER" para os professores.

Discurso Indireto: O verdadeiro "RECONHECER" para os professores.: Como em uma empresa -  escola de São Paulo: bônus para os que atingem as metas  (Claudio Gatti)  “A meritocracia precisa vir acompa...

O verdadeiro "RECONHECER" para os professores.


Como em uma empresa - escola de São Paulo: bônus para os que atingem as metas
Como em uma empresa - escola de São Paulo: bônus para os que atingem as metas (Claudio Gatti)
 “A meritocracia precisa vir acompanhada de um conjunto de medidas acertadas para realmente transformar uma escola”, Maria Helena Guimarães de Castro, diretora da Fundação Seade.
Mais de 30 000 escolas públicas brasileiras já adotam sistemas que premiam os professores com base no desempenho de seus alunos. É coisa recente, daí saber-se ainda tão pouco sobre seus efeitos. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, se debruçaram sobre a rede estadual de São Paulo, uma das primeiras no país a adotar um regime de meritocracia, em 2008. Ali, as escolas têm metas de aprendizado e, se elas forem atingidas, seus funcionários, incluindo diretores e mestres, são agraciados com um bônus no salário. Quem extrapolar o esperado ganha mais, como no mundo corporativo. O estudo da USP, que investigou os dados da Prova Brasil, aplicada pelo Ministério da Educação (MEC) a alunos de colégios públicos, concluiu que o avanço verificado nas notas é um sinal de que o sistema está funcionando. Diz o economista Luiz Guilherme Scorzafave, coordenador da pesquisa: “O resultado faz refletir sobre a necessidade de propagar esse tipo de iniciativa por todo o país”.
Os números são particularmente animadores nas classes de 5º ano, nas quais o maior progresso se deu nas aulas de matemática. Segundo a escala do MEC que define o aprendizado desejado para o fim de cada ciclo, a evolução dos estudantes em São Paulo na disciplina — registrada em um intervalo de apenas dois anos — equivale a um semestre escolar. O entusiasmo provocado pela política que premia talento e esforço tem seu peso, mas evidentemente não explica tudo. “A meritocracia precisa vir acompanhada de um conjunto de medidas acertadas para realmente transformar uma escola”, observa Maria Helena Guimarães de Castro, diretora da Fundação Seade. Ao contrário do Brasil, onde a ideia de distinguir os melhores sempre esbarrou no corporativismo, os países mais ricos já acolhem há décadas esse princípio. Muitas vezes, os saltos são extraordinários; noutras, os efeitos são ainda tímidos ou não conclusivos — o que faz refletir sobre maneiras de aprimorar o sistema. A experiência não deixa dúvida de que só com boas e entusiasmadas cabeças é possível vencer o duro caminho que leva à excelência.
O texto acima foi publicado na Veja, 27 de junho/12. p. 127




quinta-feira, 21 de junho de 2012

Discurso Indireto: Como se comportar no local de trabalho

Discurso Indireto: Como se comportar no local de trabalho: Existem tipos de comportamento que não são bem vistos no ambiente de trabalho e comprometem a avaliação de quem age de acordo com tais pad...

Como se comportar no local de trabalho


Existem tipos de comportamento que não são bem vistos no ambiente de trabalho e comprometem a avaliação de quem age de acordo com tais padrões. São considerados pelos especialistas como verdadeiras gafes, e geralmente quem comete esses deslizes não percebe quão nocivos eles podem se tornar.

Um exemplo clássico é o do empregado que passa por cima de seu superior hierárquico direto na tentativa de conseguir um aumento de salário, aponta Minoru Ueda, autor do livro “Competência Emocional – Quanto Antes, Melhor!” (editora Qualitymark).

Comportamentos que queimam o filme

  • Divulgação

O esquecidinho

Não confie muito na memória. Se o chefe não está em sua mesa e você atende ao telefone dele, é melhor anotar o recado para não passar pelo constrangimento de se esquecer de transmitir a mensagem. Esses lapsos podem fazer com que você não inspire mais confiança em seus superiores.


“Isso quebra o contrato psicológico de confiança entre o colaborador e o gestor”, alerta o consultor e professor da FIA-USP (Fundação Instituto de Administração da Universidade de São Paulo).

Muitos dos “foras” estão relacionados à aparência do profissional. “Há os que se vestem de uma forma muito ‘fashion’ em um escritório que não tem essa orientação”, cita Ueda. “E os que derramam litros e litros de perfume.”

Para evitar esses enganos, aconselha, é necessário conhecer bem a cultura da organização – e já no momento em que se apresenta para uma entrevista de emprego. A gafe, no caso, pode custar uma oportunidade.

Como você se comporta nas redes sociais? Faça o teste

  • Arte UOL

Falar alto – e muito – é um costume em geral repreensível. Pior ainda se o que se diz está relacionado a aspectos, pessoais ou profissionais, da vida de alguém: fofocas são potenciais geradores de conflitos que minam os relacionamentos na equipe.

e-Mala


Com as relações virtuais, novas maneiras de ser inconveniente passaram a atormentar o clima no escritório.

Ueda menciona como exemplo o que chama de “e-mala”. São as pessoas que usam o e-mail corporativo para transmitir spams ou correntes do tipo “Quem não repassar para 20 amigos terá sete anos de azar”.

Outro centro de discórdias é o facebook. É preciso cuidado para não externar na rede opiniões contundentes sobre religião, política ou temas polêmicos como aborto ou legalização das drogas. Você não sabe quem da empresa lerá seus pontos de vista – e até que ponto o fato de não compartilhar deles prejudicará sua imagem no trabalho.

Em geral, considera o especialista, não enxergar a inadequação das próprias ações envolve a incapacidade de estabelecer limites para si mesmo e de fazer uma autoanálise que coloque em xeque deficiências comportamentais. A humildade ao reconhecer o erro, frisa, é o primeiro passo para não mais incorrer nele.




quarta-feira, 6 de junho de 2012

Discurso Indireto: Tristeza ou depressão? Conheça as principais difer...

Discurso Indireto: Tristeza ou depressão? Conheça as principais difer...: Perder um ente querido ou terminar um relacionamento pode desestabilizar nossos sentimentos e levar a uma sensação de tristeza profunda. A...

Tristeza ou depressão? Conheça as principais diferenças


Perder um ente querido ou terminar um relacionamento pode desestabilizar nossos sentimentos e levar a uma sensação de tristeza profunda. Ao passar por essas situações difíceis, é comum confundir a tristeza passageira com a depressão, uma doença grave que pode ser causada por diversos fatores. Sentir-se triste o tempo todo, não ter vontade de trabalhar ou realizar outras atividades, se isolar e perder a vontade de viver são sintomas da depressão e devem ser tratados. O psiquiatra Dr. Cyro Masci relata assim,  as principais diferenças entre depressão e tristeza e dá dicas de como superar esse problema:
Tristeza ou depressão?
De acordo com o psiquiatra, a depressão só é diagnosticada se o sentimento de tristeza durar por muito tempo: “Esse estado é um sinal de perturbação no estado de harmonia e equilíbrio do organismo, que pode se cristalizar como uma doença ou permanecer em graus mais leves, levando a uma perda significativa na qualidade de vida”. Ele ainda revela que o estado de depressão ou tristeza não é uma fraqueza de personalidade: “Não é sinal de fraqueza nem falta de força de vontade para superar dificuldades. Ninguém fica deprimido como uma punição por ter feito ‘algo de ruim’, o que é uma interpretação errada muito comum”.
Principais causas
O médico aponta os principais fatores que podem levar à depressão:
Fatores psicológicos – Uma intensa reação à perda de uma pessoa querida;
Fatores do ambiente – Ter que enfrentar uma situação de convívio com uma pessoa muito doente ou um ambiente de trabalho muito difícil;
Fatores genéticos – Predisposição orgânica que cada pessoa traz ao nascer;
Fatores hormonais – Baixo funcionamento da tireóide ou desbalanceamento de outros hormônios;
Fatores bioquímicos cerebrais;
Sintomas da depressão
- Perda de apetite e de peso;
- Dificuldade com o sono: seja por não conseguir adormecer, ser difícil manter o sono ou ainda acordar mais cedo que o habitual com grande dificuldade em voltar a dormir;
- A energia, o interesse por sexo, a vontade e a iniciativa em realizar coisas diminuem ou desaparecem;
- A fadiga é muito comum, e podem aparecer sintomas como boca seca, náusea e constipação;
- Podem surgir dores misteriosas que parecem ir de um lugar para outro e desaparecem quando a depressão melhora;
- Evitar contatos sociais, mergulhando no isolamento;
- Sentir dificuldade em realizar as atividades do dia a dia, como tomar banho, vestir-se, comer ou trabalhar.
Cobrança extrema
As pessoas deprimidas cobram muito de si mesmas e sempre carregam pensamentos negativos. “Pessoas deprimidas tendem a atribuir erroneamente a origem de seus sucessos e fracassos. O sucesso acontece por conta do acaso ou por ações de outras pessoas, enquanto os fracassos são no geral atribuídos a si mesmos. São comuns também pensamentos de morte e morrer”, revela o psiquiatra. Ele ainda explica: “De modo geral, pessoas deprimidas são quase sempre perfeccionistas, acreditam que seu comportamento nunca é tão bom quanto gostariam que fosse. Avaliam suas ações com tal nível de exigência que tornam quase impossível alcançar suas metas”.
Dicas 
 Para combater a depressão e fazer com que aqueles momentos de tristeza não se tornem um problema mais sério:
1.  Lembre-se que nada dura para sempre. Pessoas otimistas acreditam que toda situação infeliz é passageira, enquanto os pessimistas explicam os acontecimentos em termos permanentes. Uma coisa é pensar “eu não consigo nunca ganhar dinheiro” e outra é conversar consigo algo como “tenho ganhado menos ultimamente” ou “estes tempos estão difíceis, mas já passei por dificuldades antes…”.
2.  Pense com isenção na culpa. Otimistas tendem a atribuir as causas de dificuldade a terceiros. O otimista,ao se deparar com dificuldades, tende a conversar consigo mesmo em termos de “esta situação foi provocada por incompetentes!”, ao contrário do pessimista, que pensaria em termos de “eu sou incompetente”.
3. Busque a solução em você. Pessimistas tendem a “não confiar no próprio taco” e a buscar a solução em outras pessoas ou outra situação, enquanto o otimista está convencido de que tem a solução dentro de si mesmo.
4. Divida por partes. Otimistas sabem que para alcançar suas metas devem subir uma escada, degrau por degrau, atingindo metas intermediárias antes de chegar ao seu objetivo. Pessimistas querem dar um único pulo e chegar lá, o que costuma paralisar as ações sem que se chegue a lugar nenhum.
5 . Não vá com a boiada. Pessoas otimistas têm autonomia, não precisam de aprovação dos outros para tudo que pretendem fazer. Pessimistas tendem a ficar se assegurando com os outros, com medo de não ser aceito pelo grupo, e com isso perdem várias oportunidades.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Discurso Indireto: Pessoas que sofrem exclusão se tornam mais introsp...

Discurso Indireto: Pessoas que sofrem exclusão se tornam mais introsp...: Experiências demonstram que fortes reações fisiológicas ou psicológicas emergem quando as pessoas são excluídas de uma prática na qual ...

Pessoas que sofrem exclusão se tornam mais introspectivas para dar sentido à sua experiência e elaborar estratégias para enfrentar a situação








Experiências demonstram que fortes reações fisiológicas ou psicológicas emergem quando as pessoas são excluídas de uma prática na qual os participantes devem passar um ao outro uma bola, mesmo que elas sejam pagas para fazer isso. Diante da ameaça de ostracismo, inúmeros estudos indicam a presença de uma dor viva, a sensação aguda de sofrimento, que se traduz em aumento da pressão sanguínea e da concentração de cortisol no organismo. Essas manifestações são comuns quando percebemos a iminência de algum perigo físico, o que levou certos pesquisadores a postular a ligação entre a exclusão social e a dor física. 

Com efeito, um estudo de neuroimagem revelou a presença de ativações cerebrais comuns a essas duas ameaças, em especial no nível de uma estrutura profunda intitulada córtex cingulado anterior. A região é conhecida por sua implicação na experiência do sofrimento associado à dor e não à percepção de sua intensidade, o que significa que ela tem o componente emocional da dor subjacente – mais do que o sensorial. O fato de sua ativação estar também subtendida pelo sofrimento associado à exclusão social permite ponderar uma hipótese interessante, sobre a evolução do ostracismo: em algumas espécies, a natureza teria favorecido a sociabilidade, explorando um velho sistema fisiológico de evitar a dor para implicá-la na regulação das relações interpessoais. Como se trata de um sofrimento quase fisiológico, não é em absoluto surpreendente que ele leve ao ressentimento, à cólera e à depressão.

A vítima da marginalização recorre, em geral, à introspecção para dar sentido à sua experiência e elaborar estratégias para enfrentar a situação. A reação, porém, depende bastante de  intensidade e do número de rejeições sofridas. Num primeiro momento, a pessoa pode tentar ser aceita oferecendo ajuda, ou por meio de atos de altruísmo e gentileza. É isso que faz seguidamente a criatura, infelizmente sem sucesso: “Eu tinha sentimentos de afeto; a resposta a eles foram o ódio e o desprezo”.

Após repetidas frustrações, o indivíduo parece aceitar o estatuto de persona non grata. Nesse estágio, cada tentativa de aproximação social é vista antecipadamente como um fracasso, uma confirmação da sensação de perda de controle do ambiente, e instala-se então o círculo vicioso do ostracismo: prevalece a desistência de tentar aproximações por medo de não ser aceito mais uma vez.

 Estudos revelam que pessoas às quais é dada a possibilidade de punir os que as excluíram tendem a castigar aqueles que não têm nada a ver com seu sofrimento. Isso parece corroborar a noção de desconstrução cognitiva: o excluído não se mostra capaz de examinar detalhadamente o que lhe acontece e atribui a situação a qualquer um que pareça não excluído. Levado ao limite, esse estado pode deflagrar um furor assassino. Em muitos casos, a vítima desse estado pode até ter consciência do caráter irracional de seu comportamento, como o próprio monstro revela em suas palavras: “Eu era escravo e não o senhor de um impulso que me horrorizava, mas do qual eu não conseguia escapar”.

Como hoje a ciência comprova, diante do ostracismo a vida toda perde sentido. Sem a presença e a resposta do outro, torna-se impossível se definir como pessoa. A violência aparece então como meio legítimo de interação, e o suicídio, como a única fuga possível. Como não consegue criar uma rede de significados que lhe forneça uma identidade pessoal, a criatura não consegue se ver de outra forma que não como o monstro que os demais enxergam nela.