quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Discurso Indireto: "Identificado fator genético comum a cinco doenças...

Discurso Indireto: "Identificado fator genético comum a cinco doenças...: Estudo feito com milhares de pessoas encontrou variações genéticas comuns a depressão, autismo, TDAH, esquizofrenia e bipolaridade. Descob...

"Identificado fator genético comum a cinco doenças mentais"


Estudo feito com milhares de pessoas encontrou variações genéticas comuns a depressão, autismo, TDAH, esquizofrenia e bipolaridade. Descoberta pode abrir caminho para novas formas de diagnosticar condições.

dna sequenciamento genoma

Pela primeira vez, pesquisadores chegaram à conclusão de que cinco dos principais distúrbios psiquiátricos dos quais a população mundial sofre — depressão, autismo, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), transtorno bipolar e esquizofrenia — compartilham uma série de fatores genéticos em comum.  A descoberta faz parte do maior estudo já feito sobre a relação entre genética e doenças mentais. E, segundo os especialistas, o achado pode fazer com que essas doenças passem a ser diagnosticadas também com base em suas causas – por exemplo, em fatores biológicos —, e não apenas em seus sintomas descritivos, como é feito atualmente.
O trabalho, publicado nesta quinta-feira na revista médica The Lancet, foi desenvolvido pelo Consórcio de Psiquiatria Genômica (PGC, sigla em inglês), que reúne diversos pesquisadores para estudar as informações genéticas de desordens psiquiátricas. “Essa análise fornece a primeira grande evidência de que fatores de risco genético e molecular, individuais ou agregados, são compartilhados entre cinco transtornos mentais que surgem na infância ou na vida adulta e que são tratados em categorias distintas na prática clínica”, diz Jordan Smoller, diretor da Unidade de Genética Psiquiátrica e de Neurodesenvolvimento do Hospital Geral de Massachusetts, da Universidade Harvard, Estados Unidos, e coordenador da pesquisa.
Avaliação — No trabalho de Smoller, foi analisado o genoma de 33.332 pacientes que apresentavam uma das cinco doenças psiquiátricas descritas no estudo (TDAH, autismo, bipolaridade, esquizofrenia e depressão) e o de outros 27.888 indivíduos que faziam parte de um grupo de controle.
Ao comparar o genoma dos dois grupos, os pesquisadores buscaram diferenças no DNA dos participantes e encontraram similaridades em algumas regiões do material genético entre pessoas que tinham algum transtorno psiquiátrico. De acordo com a pesquisa, uma variação em dois genes específicos foi o fator genético mais fortemente associado ao maior risco desses cinco distúrbios. Esses genes são o CACNB2 e o CACNA1C, que já haviam sido relacionados ao transtorno bipolar e à esquizofrenia anteriormente. Ambos são importantes para regular o fluxo de cálcio nas células do cérebro.
Para os pesquisadores, os resultados mostram que esses dois genes podem se tornar um alvo para novos tratamentos contra as cinco doenças psiquiátricas. Além disso, eles acreditam que futuras pesquisas possam comprovar a ideia de que o fluxo dos níveis de cálcio nas células cerebrais é fundamental para o surgimento de todas essas cinco doenças. “Nossos resultados fornecem novas evidências que podem promover um passo além dos sintomas descritivos na psiquiatria e na direção de classificar as doenças com base em causas subjacentes. Esse estudo é particularmente relevante tendo em vista a revisão do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) e da Classificação Internacional de Doenças (CID)”, diz Smoller.
Em um comentário que acompanha o estudo, Alessandra Serretti e Chiara Fabbri, pesquisadoras do Departamento de Ciências Biomédicas e Neuromotoras da Universidade de Bolonha, na Itália, consideraram que “muito progresso foi feito” com essa pesquisa. “O presente estudo pode contribuir para um futuro sistema de diagnósticos que poderia ser baseado não somente em categorias clínicas, mas também em fatores biológicos que ajudariam o médico a determinar um tratamento adequado a seu paciente”, escreveram.

“A importância desse estudo é que ele mostra que caminhamos cada vez mais para circundar as doenças psiquiátricas sob todos os seus aspectos Ou seja, sintomas e sinais, curso e evolução, antecedentes familiares e biologia, que inclui genética, imagens cerebrais e outros potenciais marcadores em estudo.
A classificação das doenças na psiquiatria ainda é descritiva, ou seja, os transtornos são catalogados de acordo com a presença de sinais e sintomas. Esse modelo não é perfeito, mas nos permite trabalhar de uma forma mais ou menos uniforme para identificar os pacientes e assim estabelecer estratégias de tratamentos específicas.
Seria ideal ter um marcador biológico diagnóstico para os transtornos psiquiátricos. Entretanto, estamos longe disso porque, para a manifestação da doença, há a contribuição de vários fatores, entre eles os genéticos e os relacionados à interação do ambiente. Ou seja, o indivíduo geralmente herda a predisposição para a doença e sua manifestação vai depender do equilíbrio entre fatores como negligência ou abuso na infância, exposição a situações estressantes, além de doenças e traumatismos físicos.
Há outras doenças médicas que, apesar de terem uma via comum, ainda são diagnosticadas de forma clínica, como as doenças autoimunes e inflamatórias. Somente no futuro, mais dados da biologia molecular e de outros potenciais marcadores biológicos poderão contribuir para um diagnóstico mais preciso."

Fonte: Site da VEJA



domingo, 24 de fevereiro de 2013

Discurso Indireto: A Boa escola

Discurso Indireto: A Boa escola: O texto a seguir, que trata do excessivo número de faculdades sem a necessária qualidade, e da importância do Exame de Ordem para qualifica...

A Boa escola


O texto a seguir, que trata do excessivo número de faculdades sem a necessária qualidade, e da importância do Exame de Ordem para qualificar os profissionais, é de autoria da escritora Lya Luft em sua coluna da revista Veja desta semana.


A boa escola
Meu brilhante colega Gustavo Ioschpe, uma das mais lúcidas vozes no que diz respeito à educação, escreveu sobre o que é um bom professor. Eu já começava este artigo sobre o que acho que deva ser uma boa escola, então aqui vai.
Primeiro, a escola tem de existir. No Brasil há incrivelmente poucas escolas em relação à necessidade real. Têm de existir escolas para todas as crianças, em todas as comunidades, as mais remotas, com qualidades básicas: não ultrapassar o número de alunos bem acomodados, e que eles não tenham de se locomover para muito longe; instalações dignas, que vão das mesas as paredes, telhado, pátio para diversão e recreio, lugar para exercício físico e esportes; instalações sanitárias decentes, cozinha para alimentar os que não comem suficientemente em casa; alguém com experiência médica ou de enfermagem para atender os que precisarem. Em cada sala de aula, naturalmente, uma boa prateleira com livros sem dúvida doados pelos governos federal, estadual, municipal. E que ali se ensine bem o essencial: aritmética, bom uso da linguagem, noções de história e geografia para que saibam quem são e onde no mundo se situam. Falei até aqui apenas de ensino elementar em escolas menos privilegiadas economicamente. Em comunidades mais resolvidas nesse sentido, tudo isso não será apenas bom, mas excelente, desde aparte material até professores muito bem preparados que sejam bem exigidos e bem pagos.
No chamado 2º grau, além de livros, quem sabe computadores, mas - ainda que escandalizando alguns - creio que esses objetos maravilhosos, que eu mesma uso constantemente, não substituem um bom professor. E que, nesse degrau da vida, todos sejam preparados para a universidade, desde que queiram e possam. Pois nem todos querem uma carreira universitária, nem todos têm capacidade para isso: para eles, excelentes escolas técnicas, depois das quais podem ter mais ganho financeiro do que a maioria dos profissionais liberais. Professores com mestrado e se possível doutorado, diretores que conheçam administração, psicólogos que conheçam psicologia, todos com saber e postura que os alunos respeitem a fim de que possam aprender.
Finalmente a universidade, que enganosamente se julga ser o único destino digno de todo mundo (já mencionei acima os cursos técnicos cada dia melhores e mais especializados). Universidade precisa existir, mas não na abundância das escolas elementares. É incompreensível e desastrosa a multiplicação de faculdades de medicina, por exemplo, cujas falhas terão efeitos dramáticos sobre vidas humanas. Temos pelo país muitas onde alunos não estudam anatomia, pois não há biotério, não têm aulas práticas, pois não há hospital-escola. Essa é uma realidade assustadora, mas bastante comum, que, parece, se tenta corrigir.
Dessas pseudofaculdades sairão alunos reprovados nas essenciais provas do CRM, mas que eventualmente vão trabalhar sem condição de atender pacientes. Faculdades de direito pululam pelo país, sem professores habilitados, sem boas bibliotecas, formando advogados que nem escrever razoavelmente conseguem, além de desconhecer as leis - e reprovados aos magotes nas importantíssimas provas da OAB.
Coisa semelhante aconteceria com faculdades de engenharia mal preparadas, se existirem, de onde precisam sair profissionais que garantam segurança em obras diversas, de edifícios, casas, estradas, pontes. Vejam que aqui comentei apenas alguns dos inúmeros cursos existentes, muitos com excelente nível, mas não se ignorem os que não têm condições de funcionar, e mesmo assim... existem. Em todas essas fases, segundo cada nível, incluam-se professores bem preparados, muito dedicados, e decentemente pagos - professor não é sacerdote nem faquir. O que aqui escrevo é mero, simples, bom-senso. Todos têm direito de receber a educação que os coloque no mundo sabendo ler, escrever, pensar, calcular, tendo ideia do que são e onde se encontram, e podendo aspirar a crescer mais. Isso é dever de todos os governos. E é nosso dever esperar isso deles.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Discurso Indireto: Novo aplicativo do facebook convida para sexo

Discurso Indireto: Novo aplicativo do facebook convida para sexo: Há menos de duas semanas no ar, um aplicativo de Facebook que incentiva o sexo entre usuários vem chamando a atenção. Bang With Friends (F...

Novo aplicativo do facebook convida para sexo



Há menos de duas semanas no ar, um aplicativo de Facebook que incentiva o sexo entre usuários vem chamando a atenção. Bang With Friends (Faça sexo com seus amigos, em português), criado exclusivamente para a rede social, permite aos usuários escolher parceiros para manter relações sexuais. O app se tornou uma sensação global. “Mais de 370.000 pessoas aderiram ao serviço”, diz ao site de VEJA um dos criadores. É preciso observar, porém, que na seção de aplicativos do Facebook o sucesso costuma durar pouco, muito pouco.Há menos de duas semanas no ar, um aplicativo de Facebook que incentiva o sexo entre usuários vem chamando a atenção. Bang With Friends (Faça sexo com seus amigos, em português), criado exclusivamente para a rede social, permite aos usuários escolher parceiros para manter relações sexuais. O app se tornou uma sensação global. “Mais de 370.000 pessoas aderiram ao serviço”, diz ao site de VEJA um dos criadores. É preciso observar, porém, que na seção de aplicativos do Facebook o sucesso costuma durar pouco, muito pouco.



Ao aderir ao Bang With Friends, criado por três jovens da Califórnia (EUA) que preferem não se identificar, o usuário visualiza sua lista de amigos do Facebook. Ele, então, deve escolher com quais gostaria de manter relações sexuais. O desejo, é claro, só será realizado se houver interesse de ambas as partes. Um e-mail, então, é enviado aos dois usuários, para que o assunto vá adiante. “Queremos um aplicativo de namoro para nossa geração. Não devemos ter vergonha de nossa vontade”, afirmou um dos criadores.
Brasileiros já experimentam a ferramenta. “Temos ouvido de usuários do país que o serviço tem funcionado perfeitamente”, explica o responsável pelo serviço. “Queremos mais feedbacks desse público.”
Manter a popularidade inicial, contudo, não será nada fácil. A mesma receita que leva aplicativos da maior rede social do planeta a atingir o topo dos favoritos pode explicar seu ocaso. Bang With Friends tem tudo para seguir o caminho já trilhado por serviços como Draw Something eFarmville. A razão é simples: esses programas se apoiam em enredos simplórios que carecem de atualização. Ou seja, não oferecem novos desafios a seus usuários. A menos, é claro, que a conquista de novos parceiros se torne um desafio aos usuários do Bang With Friends…

Os tropeços dos aplicativos precedentes podem ser compreendidos em números. Nos dois primeiros meses, o Draw Something (adquirido por 200 milhões pela empresa de jogos Zynga) conseguiu a adesão de mais de 36 milhões de usuários do Facebook, número que foi reduzido a apenas 9  milhões em dezembro de 2012, uma queda de 75% em apenas sete meses. A Zynga, por sinal, sofre com a queda de acesso a esses games. Recentemente, mais de 100 funcionários foram demitidos, um escritório em Boston, nos Estados Unidos, foi fechado e onze jogos sociais foram descontinuados.
Há ainda outro fator que pode atrapalhar os planos dos criadores do Bang With Friends: a mobilidade. O serviço ainda não possui uma versão para dispositivos móveis – algo que já está nos planos dos fundadores –, terreno já dominado por outras ferramentas que não têm o mesmo objetivo, mas ficaram popularmente conhecidas pelo comportamento de “sexting” — quando pessoas usam seus smartphones para disparar mensagens relativas a sexo, casos do Snapchat ePoke. Trilhar um caminho de sucesso, portanto, não será fácil.

Ao receber a revista semanal da qual sou assinante, chocou-me a chamada da capa: "Quer transar comigo?"
Sinceramente...senti-me como se tivesse passado dois séculos e no entanto, só se passaram duas décadas desde o tempo que passei a me despertar pelo assunto.

Questiono: 
Será que a tecnologia é responsável por banalizar o romantismo? A paquera saudável? Pulando estágios do relacionamento a dois? 

A impressão que fica é que, como advindo da era digital, o romantismo foi apagado.

Assim como os meios de comunicação as novas gerações desejam o instantâneo. O estar pronto. Tudo o que lhes proporcione prazer sem comprometimento e sacrifício.

Será que os românticos da atualidade acompanham esta nova tendência virtual? Onde um click, convida o amigo virtual para uma transa carnal, casual?

Tendência esta, que leva ao imediatismo, quando na verdade, deveria ser valorizado como o bem mais precioso: a união estável entre dois seres pautados no carinho e na afinidade. No respeito e dignidade. No amor. Bens conquistados ao longo do tempo. Além destes fatores, existem consequências sérias que envolvem saúde física e psíquica. Doenças sexualmente transmissíveis entre parceiros eventuais. 

No perfil virtual, somente o bonito é postado. E, o restante da história como fica através dos meios virtuais?

Onde tudo isto vai nos levar? Será que o caminho para o conhecimento mútuo tornou-se inverso? No futuro, como definirão "FAMÍLIA?"

Só o tempo dirá...