segunda-feira, 15 de fevereiro de 2021

ÉTICA NA EDUCAÇÃO: FAZ TODA A DIFERENÇA!!

 

O que é ética?

  • A ética, de um modo geral, é conceituada com uma teoria ou ciência que versa sobre o comportamento do homem diante da sociedade, ou seja, os interesses individuais de cada pessoa precisam estar em consonância com os interesses da coletividade. Agir com ética supõe agir mediante a observação de princípios que visem o bem comum. Desta forma, os atos humanos, quando éticos, devem observar a coletividade, considerando que viver em sociedade requer a observação de regras básicas de convivência.

A ética na atuação profissional do professor:

Para o professor, a questão da ética ganha uma atenção especial, tendo em vista seu lugar de excelência como formador das futuras gerações. Este profissional tem o poder de inspirar comportamentos, pois é modelo e referência para seus alunos. Diante da responsabilidade social no exercício da profissão, o professor necessita observar determinadas ações no cotidiano da escola, na relação com seus pares, com seus alunos e com as famílias, entendendo que a ética se materializa no aprendizado e no exercício constante de práticas que perseguem a justiça social.

Para a atuação do professor, seja com os educandos ou com o corpo docente, é necessário possuir um estilo de vida equilibrado, desapegado de vícios que prejudiquem a si mesmo e aos outros. Suas ações precisam conter: afeto, alegria, sobriedade, moderação e em seu modelo de fala deve usar palavras cultas e não chulas ou gírias. Diante disso, não se pode deixar de pensar na importância das vestimentas, que não devem ser inconvenientes como: rasgadas, transparentes, curtas ou apertadas. É propício o uso de algo que lhe caia bem, seja descente e que combine com ele/ela, ou seja, usar algo que mostre seu estilo, lembrando que até nisso será copiado. A ética está presente em tudo. Cortella (2010, pg.107) diz que: “A ética é uma plantinha frágil que deve ser regada diariamente.” Isso acontece no nosso cotidiano.

Falar de ética nos dias atuais tornou-se comum, faz parte do nosso vocabulário. Logo nos vem à mente o relacionamento, como viver com o outro que é diferente, porém, não um estranho, mas um ser humano como nós que, de certa forma, anda conosco, como diz Cortella: “ser humano é ser junto” (2010, pg.117).

A ética não olha apenas para o interesse de uma pessoa, ela olha para o interesse de um grupo. Cortella (2010, pg.106) fala que a ética, no seu sentido de conjunto de princípios e valores, é usada para “responder as três grandes perguntas da vida humana: QUERO? DEVO? POSSO?”. 

A ética na educação também está no auge, mas será que realmente se entende o que isso significa?
Quando se fala de ética na educação logo se pensa na conduta do professor em relação a seus educandos. A ética gira em todos os princípios e valores que norteiam a ação estabelecendo regras para o bem comum, tanto no individual como no coletivo, assim estabelece princípios gerais. Boff aponta que “Ético significa, portanto, tudo aquilo que ajuda a tornar melhor o ambiente para que seja uma moradia saudável: materialmente sustentável psicologicamente integrada e espiritualmente fecundada” (1997). No caso da educação gira em torno dos educandos.
O Estatuto da Criança e do Adolescente, LEI Nº 8.069, de 13 de julho de 1990, Art. 53 fala que a criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho. Sendo assim, o professor precisa trabalhar e empenhar-se para que isso ocorra. Seja em suas atitudes docentes, nas relações com os educandos, na postura do professor em sala, no chamar a atenção nas conversas, no relacionamento com os profissionais da escola ou na forma como se comporta na sociedade, a ética se faz presente como algo muito fundamental. O que é ética afinal?
Cortella (2010, pg.106) nos apresenta a seguinte definição:

“A ética é o conjunto de princípios e valores da nossa conduta na vida junta. Portanto, ética é o que faz a fronteira entre o que a natureza manda e o que nós decidimos. A ética é aquilo que orienta a sua capacidade de decidir, julgar,avaliar.”

Para a atuação do professor, seja com os educandos ou com o corpo docente, é necessário possuir um estilo de vida equilibrado, desapegado de vícios que prejudiquem a si mesmo e aos outros. Suas ações precisam conter: afeto, alegria, sobriedade, moderação e em seu modelo de fala deve usar palavras cultas e não chulas ou gírias. Diante disso, não se pode deixar de pensar na importância das vestimentas, que não devem ser inconvenientes como: rasgadas, transparentes, curtas ou apertadas. É propício o uso de algo que lhe caia bem, seja descente e que combine com ele/ela, ou seja, usar algo que mostre seu estilo, lembrando que até nisso será copiado. A ética está presente em tudo. Cortella (2010, pg.107) diz que: “A ética é uma plantinha frágil que deve ser regada diariamente.” Isso acontece no nosso cotidiano. 
Com o corpo docente ou a gestão, seu relacionamento deve acontecer de forma singela e colaborativa, pois ambos estão traçando objetivos para caminhos que os levarão a um só objetivo, a uma educação de qualidade, a uma aprendizagem significativa e ao crescimento de seus educandos. Ainda precisamos observar que é preciso tomar certos cuidados, principalmente, na sala dos professores nos intervalos, nos momentos de estudos e, é claro, na sua vida individual, dentre, os quais se podem relacionar:
- Comentário de ordem pessoal ou profissional negativa de outro docente ou de um educando;
- Falar mal da instituição fora do espaço de trabalho depreciando a direção, coordenação e outros;
- Se isolar em sua sala não permitindo que alguém lhe forneça sugestões para melhorar sua prática e não preste auxílio a um colega quando este necessita;
- Ano após ano em sala, adquirindo experiência, se autoavalia como o “super professor”, pensando que sabe tudo, fechando-se, assim, para o aprendizado que acontece do educando para ele.
Como é possível um professor permanecer na educação, no trato com os educandos quando se está nesse cargo porque não tem outra profissão ou simplesmente esperando a aposentadoria? O professor precisa acreditar na educação e ter convicção de que ela pode mudar a sociedade. Tem papel fundamental, ele influencia na maneira de pensar e agir dos educandos.

No livro “O tosco” o psicólogo Gilberto nos conta, de forma direta e simples, fatos da própria vida e nos mostra como a vida de um educando pode ser mudada com a ação positiva do professor. No decorrer da história é relatado (2009, pg. 75):
“- Me da um abraço? Pediu o professor. – O que? Não deu nem tempo. O professor me abraçou. Não lembrava de um abraço. Constrangido, bem desajeitado, dei um abraço. Ou melhor recebi um abraço.”
Os educandos têm direito a ter uma educação prazerosa e de qualidade. É fundamental que o professor cumpra as regras e normas da nossa educação. Para que a educação se torne com sabor e alcance seus objetivos, não dá para se pensar em apenas ensinar o conteúdo de determinada matéria, mas é necessário investir no educando para que ele se desenvolva, tornando-se crítico diante do que vê e lê, um questionador, sendo autor da sua própria história, saindo da plateia e indo ao palco. Cury (2003, pg. 66) em suas sábias palavras afirma que:
“É estimular o aluno a pensar antes de reagir, a não ter medo do medo, a ser líder de si mesmo, autor da sua própria história, a saber filtrar os estímulos estressantes e a trabalhar não apenas com fatos lógicos e problemas concretos, mas também com as contradições da vida”.

CONCLUSÃO:
Com certeza, os professores comprometidos com a ética, influenciam eticamente seus educandos, dando sua contribuição na transformação da sociedade. Sabemos que isso se constata em longo prazo, mas com certeza no tempo presente influenciam a mudança de pensamento, de atitude, ou seja, a vida de seus educandos. Dessa forma, constrói-se uma escola compromissada com saberes profundos, onde as experiências são dinamizadas coletivamente entre cidadãos vindos do seu próprio processo de construção, que assumam sua postura diante da vida, e que escolham sempre o melhor para sua vida e para a sociedade. Uma escola capaz de olhar o educando em um todo, acolhê-los, propondo assim um crescimento e desenvolvimento em todas suas dimensões, permite que se tenha uma educação com tempero, preocupada com o desenvolvimento completo de crianças e jovens, provocando, desse modo, uma grande mudança no futuro da sociedade.



segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Era o que faltava para o inicio de 2021: a nova variante do coronavírus já está entre nós.

  1.  Enquanto muitos colocavam o champanhe para gelar, loucos para cantar "adeus, ano velho", 2020 nos lembra que até o último minuto antes da meia-noite muita coisa pode acontecer: pesquisadores do laboratório de diagnóstico Dasa acabam de anunciar que identificaram em São Paulo dois casos da B.1.1.7 do SARS-CoV 2, variação do coronavírus encontrada inicialmente no Reino Unido e que cientistas britânicos estimaram ser de 50% a 74% mais contagiosa. A mutação, que já representa mais de 50% dos novos casos diagnosticados de covid-19 na Inglaterra, de acordo com a OMS  (Organização Mundial da Saúde), foi detectada também em outros países da Europa começa a se espalhar . 

Então...

Nosso governo federal, não está preocupado com avanço do Covid. Está apenas preocupado em "aparecer! com seus claques e fazer tais teatros de sempre. Litoral santista foi exemplo. Eram pessoas que estavam por lá no dia em que Presidente, resolveu nadar? Que nada...

Já fora comprovado por quem estava por lá e viu as encenações...

Enfim, se até tal carnaval foi adiado porque alguns estados como Goiás, já divulgou calendário para o inicio das aulas para ano letivo de 2021?

É justo?

É justo para Profissionais da Educação e demais alunos colocarem suas vidas em risco?

NÃO MESMO!!!

Quantos profissionais da área saíram em viagem e alunos também?

REAÇÃO URGENTE quanto a essas decisões!!!




sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

AS CARACTERÍSTICAS DE UMA PESSOA INVEJOSA.

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Em nosso meio social, não é preciso ser psicólogo ou psiquiatra, para reconhecer as características de um invejoso nos seres humanos que nos cercam. Estudiosos e pesquisadores graduados em determinadas áreas das ciências humanas, também estão aptos a reconhecê-los.  Felizmente a vida nos ensinou muitas coisas, e uma delas foi reconhecer à quilômetros uma pessoa invejosa, normalmente o invejoso não consegue esconder seu ímpeto de inveja, fica explícito nos seus olhos, nas suas palavras e atitudes. Só há um porém, normalmente quando uma pessoa invejosa não consegue te atingir, ela usa outras pessoas para atingir seus propósitos, e nem sempre podemos perceber quem são essas pessoas que auxiliam o invejoso, e nesse ponto é que está concentrado o maior perigo, nas pessoas que são manipuladas pelo invejoso para te atingir.  
Essas reflexões é importante em virtude de que cada vez mais as pessoas invejosas se multiplicam ao nosso redor, e isso requer uma blindagem.  
Mas, no entanto, cabe aqui mais um ponto de interrogação.  Como identificar uma pessoa invejosa, quais suas características principais? Esses seres frustrados são reconhecidos mediante  algumas dicas e cuidados pertinentes: num primeiro momento ele quer ser seu amigo, quer te conhecer, quer saber do seu cotidiano; por natureza o invejoso é fofoqueiro, e mentiroso; a pessoa invejosa está o tempo todo tentando te copiar, no modo como você se veste, tenta frequentar alguns lugares que você frequenta, tenta fazer o mesmo estilo seu, normalmente o  invejoso é um fracassado. Nunca diga com quem você ficou ou está namorando, não diga que ganhou uma promoção no trabalho ou aumento salarial, o invejoso saberá tirar proveito disso. O  invejoso é acima de tudo um pecador, por isso normalmente está ligado a uma igreja, cuidado com isso, esses são os piores tipos, há uma concentração muito grande de invejosos nas igrejas pois gostam se "arrotar" santidade... 
No fundo mesmo, devemos ter  pena dos invejosos,  pois, deve ser muito difícil para eles conviver com isso, passar o tempo todo querendo ser outra pessoa, desejando o que outras pessoas tem, deve ser muito angustiante mesmo. 
Aceitar que não somos o outro e que devemos estabelecer nossos objetivos e metas com base no que acreditamos é um principio fundamental. Devemos buscar ser o melhor que podemos ser, e não ser igual a quem julgamos melhor.







quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Tolerância: uma coisa que está em falta nos dias de hoje!!



É necessário sempre  falar de tolerância, de saber compreender o outro por suas falhas e seus acertos. O munto está precisando disso, nós estamos precisando disso. A convivência estre os seres humanos pode ser muito difícil, mas não é nada impossível também. Com um pouco de compreensão tudo acaba ficando mais fácil. Compreender como as pessoas são e aceitá-las pode fazer com que você encontre a paz que tanto procura. Todo relacionamento para dar certo tem que ter tolerância de ambas as partes. Um aceitando o jeito de ser do outro, isso em qualquer tipo de relacionamento seja ele entre amigos ou amoroso. Nós temos a capacidade de sermos flexíveis basta querer e se adequar com a diferença do outro. Isto vai te ajudar a ser mais feliz, além de ser uma atitude positiva. Ser tolerante não quer dizer ser submissa (que é outra coisa completamente diferente) e nem ser indiferente à realidade das coisas. Ser tolerante é ser maleável e aceitar com calma alguma situações a qual não podemos mudar e também é saber lidar com estas mesmas situações. Devemos nos adaptar a estas situações e também às pessoas e ao mundo como um todo, mas sem perder a alegria e o contentamento. Para se ter um relacionamento saudável, duradouro, cheio de paz, no qual o crescimento é mútuo, a tolerância é a mais virtude para que isso aconteça. Mas para que isso aconteça é preciso compreender este relacionamento e entender que ninguém é perfeito e que não se encontra em ninguém todas as virtudes que esperamos encontrar em uma pessoa. Todos nós temos nossas virtudes e os nossos defeitos. É importe saber que ninguém é 100% perfeito. Saber reconhecer estes fatos já é um grande passo. Nassa vida é cheia de desafios e saber compreender o outro é um deles. Passamos a boa parte da nossa vida tentando encontrar uma pessoa perfeita, só que ela não existe. Aquele príncipe e aquela princesa encantados que conhecemos dos contos de fadas não existe. O que existe são seres humanos que erram muito, mas também, acertam algumas vezes. Precisa-se trabalhar muito para mudar alguma coisa em nossa vida para sermos mais tolerantes. Quando não gostamos de alguma coisa em alguém, só vemos o lado dela. Não damos conta de que nós também podemos estar fazendo alguma coisa que possa estar desagradando a outra pessoa. Temos a mania de olhar só para o defeito do outro e esquecemos dos nossos, que também não são poucos. 
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Quando praticamos a tolerância tudo fica mais harmonioso, mas alegre e feliz. Aceitando o outro como ele é com todos os seus defeitos e suas qualidades. Não aja como se só um precisasse mudar. Não basta só um mudar, você também tem que fazer a sua parte e mudar as suas atitudes também. Só assim vai conseguir ter mais harmonia. Já parou para pensar a outra pessoa possa ter o mesmo pensamento que você? Querer mudar uma pessoa não vai resolver os seus problemas, não vai te trazer a felicidade plena. Se um mudar pode ser confortável para você e para quem está com você? Será que ele está feliz com as suas atitudes? Diminuir as nossas expectativas em relação às pessoas pode ser a solução. Quando não esperamos nada delas não iremos nos frustrar. Em qualquer relacionamento temos que ser aquilo que somos e aceitar o outro assim como ele é. Ninguém é perfeito. Fuja daquilo que vai te trazer sofrimento, aceite as pessoas como elas são. Tolerância é “agir com condescendência e aceitação perante algo que não se quer ou que não se pode impedir.” Ela significa suportar ou aceitar. Esta vivendo a era da intolerância. É intolerância de gêneros, religioso, enfim como quase tudo que nos ronda e faz parte do nosso cotidiano. Você ser a favor ou contra é uma coisa, agora desrespeitar um ser ser humano por ele ser de outra religião ou gostar de pessoas do mesmo sexo, isso é muito cruel. Vamos praticar mais a tolerância e viver em paz. O mundo todo está cansado com tantas barbaridades que estão acontecendo.



quinta-feira, 21 de junho de 2018

Discurso Indireto: Depressão em adolescentes

Discurso Indireto: Depressão em adolescentes: Quem acompanha diariamente o cotidiano de adolescentes/jovens, no geral sabe perfeitamente identificar qualquer mudança em seu agir. ...

Depressão em adolescentes

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Quem acompanha diariamente o cotidiano de adolescentes/jovens, no geral sabe perfeitamente identificar qualquer mudança em seu agir. Sabemos que nos dias atuais um grande índice de crianças,adolescentes e jovens, vem enfrentando situações em seu interior e que a qualquer momento uma "explosão" virá a tona. Em outra ocasião, escrevi aqui sobre a "Geração Ritalina". A qualquer "inquietação" por parte da criança/adolescente, dá-lhe, Ritalina...Mas, algo, muito mais grave está em nosso meio assombrando nossos futuros adultos: a depressão. E, precisamos ficar atentos pois os sintomas de tal em adolescentes é difícil de se identificar. Uma das coisas que pode tornar a depressão tão difícil de identificar é que os sintomas podem ser coisas que todos nós sofremos de tempos em tempos – tristeza, desesperança, letargia, indisposição. Quando essas experiências humanas muito normais acontecem em uma combinação, duração ou intensidade que começam a interferir na vida cotidiana (escola, relacionamentos), é possível que o adolescente esteja se deprimindo. Durante a adolescência, as taxas de depressão disparam. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a depressão é a principal causa de doenças em adolescentes. E tem mais: a pesquisa mostra que em metade dos adultos que têm problemas com sua saúde mental, seus sintomas apareceram antes dos 14 anos, três quartos tinham sintomas aos 24 anos. Isto coloca holofotes sobre a importância de perceber se os nossos adolescentes estão lutando contra a depressão e certificar-nos  de que eles recebem o apoio que precisam. Quanto antes identificarmos os sintomas, mais rápido impediremos que esses sintomas  avancem para algo maior e mais difícil de mudar. Para um diagnóstico de depressão, um grupo particular de sintomas precisa ter estado lá pelo menos por duas semanas. Estes sintomas devem incluir pelo menos humor deprimido, ou uma perda de interesse ou prazer em coisas que antes eram agradáveis. Muitas vezes estes serão apenas uma parte normal da adolescência e nada a se preocupar, mas se a depressão está acontecendo, haverá outros sinais reveladores. A depressão é uma doença física, por isso às vezes os sintomas aparecerão fisicamente. Cuidado com dores de cabeça inexplicáveis e enxaqueca, dores de estômago, dor nas costas e dores nas articulações. O humor e a dor compartilham os mesmos caminhos no cérebro e são regulados pelos mesmos produtos químicos do cérebro (serotonina e norepinefrina). Quando esses neuroquímicos estão desequilibrados, a dor e o humor podem ser afetados.A desesperança, desamparo e baixa auto-estima que vêm com depressão podem fazer adolescentes  desistir da escola, amizades ou outras coisas que são importantes para eles. A depressão pode acelerar o movimento (inquietação, agitação, estimulação, com pernas agitadas ou mãos se apertando), ou então pode retardar o movimento e a fala. A depressão é mais do que tristeza. É uma incapacidade de sentir alegria. Isso é confuso e assustador para qualquer um sentir, e como uma maneira de encontrar alívio com isso, ou para se distrair de sua dor, os adolescentes podem recorrer a todos os tipos de comportamentos arriscados ou viciantes. Eles podem ser levados a fazer mais do que os fez se sentir bem antes, ou qualquer coisa que os ajudem a sentir algo. Isso pode ser beber, se drogar, jogar excessivamente, comer excessivamente ou se auto-mutilar. Quando a dor emocional parece muito grande ou quando ela pára de fazer sentido, auto-prejudicar pode ser uma maneira de encontrar um curto, mas necessário, alívio do peso que vem com a depressão. Adolescentes não fazem isso para manipular ou para controlar as pessoas ao seu redor – eles desejam que eles pudessem parar também. Eles fazem isso para fazer a dor desaparecer. A adolescência é um período de grandes mudanças, que podem ser confusas para os adolescentes e as pessoas que os amam. Adicionando à confusão e ao comportamento “normal” de adolescente, os sinais de uma problemas na saúde mental pode parecer a mesma coisa. Mudanças nos padrões de sono e alimentação, mau humor, afastamento da família, irritabilidade – podem ser uma parte muito normal da adolescência, ou podem ser sintomas de depressão. É importante deixar o adolescente se afastar quando precisar. O impulso para a independência da família e dos pais é uma parte muito importante da adolescência, mas também é importante permanecer gentilmente curioso, vigilante e disponível. Quanto mais notarmos quando aqueles que amamos estão lutando, ou quanto mais ouvimos os sussurros do coração quando algo não está certo, mais capacitados estamos a responder de uma maneira que pode curar e fortalecer.


Fonte: Artigos e livros do Dr. Dráusio Varella.          Artigos Acadêmicos sobre Depressão em Adolescentes.


sexta-feira, 15 de dezembro de 2017

Transtornos psicológicos afastam professores da sala de aula.




A Educação, sob o ponto de vista individual e pessoal, é a formação e o aperfeiçoamento do ser humano. Sob o ponto de vista social, é a integração das novas gerações na sociedade, isto é, a transmissão às novas gerações, pelas gerações adultas, da herança social. Educar é formar a pessoa de acordo com um ideal de perfeição. Assim, consideremos como sendo a Educação o processo de edificação intelectual e afetiva, ou seja, a assimilação dos hábitos e valores que favorecem uma formação social que visam o Bem comum.
O Bem é tudo o que possui um valor moral ou físico positivo, constituindo o objeto ou o fim da ação humana. Para Aristóteles, o Bem é “aquilo a que todos os seres aspiram”; Também disse: “o Bem é desejável, quando ele interessa a um indivíduo isolado, mas seu caráter é mais belo e mais divino quando se aplica a um povo e a estados inteiros”.
Portanto, a Educação é a inserção social do jovem no mundo, dentro de alguns princípios fundamentais, para que seja capaz de viver e conviver com dignidade, cumprir as regras morais que foram culturalmente e tradicionalmente assimiladas pela sociedade e ser capaz de fazer reflexões éticas, inclusive sobre as próprias regras morais, através de sua capacidade de individualização. Além disso, o indivíduo deve ser capaz de se apropriar de certos conhecimentos, para criar as condições cognitivas e afetivas visando à sua autonomia, com o objetivo de acessar o mundo do trabalho e assim garantir sua própria subsistência.
Educação não é o mesmo que instrução. A Educação tem um sentido mais holístico, contempla a formação humana como um todo. Já a instrução é o ensino ou a capacitação para o exercício de funções específicas. Educação é dever do Estado e da família, mas principalmente da família.
No entanto, na configuração de mundo em voga, muitas famílias não possuem as condições materiais, intelectuais e afetivas para esse compromisso. Essas famílias são vítimas de um modelo histórico de exclusão social, que produziu a desigualdade em todos os sentidos,  daqueles que são submetidos à violência e à dominação vigentes e que jamais podem entrar em justas relações que fizessem reconstruir o sentido bom do poder.
Diante dessa realidade cruel, cabe ao Estado assumir a responsabilidade educativa. Essa responsabilização do Estado está na Escola e mais diretamente centrada na figura do Professor que tem que arcar com todo ônus da ineficiência de uma instituição destruída (a família), provocado pelo histórico descaso estatal e um modelo político e econômico excludente, selvagem e elitista.
Os professores de Escolas Públicas estão muito mais vulneráveis a esse tipo de problema, devido às suas características peculiares: a Escola Pública é plural, universalizada, composta por uma clientela bastante heterogênea quanto à condição econômica, social e cultural. Grande parte das crianças e adolescentes que estão matriculadas nas Escolas Públicas é oriunda de famílias que não estão devidamente preparadas para a função educativa. O resultado dessa realidade reflete na Escola e, mais especificamente, no trabalho do professor.
O desinteresse dos alunos pelos estudos, aumento dos casos de indisciplina, violência e atos infracionais nas escolas afetam drasticamente o lado psicológico dos educadores. Além disso, todos reclamam da remuneração e das condições de trabalho, principalmente a carga excessiva de trabalho e a indisciplina. Estas e outras são as principais causas de angústia e fobia que produzem problemas psicológicos graves, entre outras doenças que fazem com que o professor se afaste da sala de aula.
"O número de professores afastados por transtornos mentais ou comportamentais nas escolas estaduais de São Paulo quase dobrou em 2016 em relação a 2015: foi de 25.849 para 50.046. Segundo dados obtidos por um veículo de comunicação nacional,  por meio da lei de acesso à informação, até setembro de 2017, 27.082 professores se afastaram. O número de 50 mil afastados em 2016 representa 37% do total das licenças médicas pelas mais diversas causas." 
A principal causa de afastamento são transtornos mentais e comportamentais, responsáveis por 27,8% dos casos. 
Além das licenças de saúde, existem as faltas abonadas, justificadas, injustificadas e faltas médicas que engrossam o número de ausências do professor na sala de aula.
Os professores estão doentes tanto quanto está a Educação no Brasil dos mais humildes. Eles não conseguem desenvolver o seu trabalho plenamente, pois em uma sala de aula com 40 alunos, geralmente, apenas 10 deles (no máximo) têm algum tipo de interesse em estudar efetivamente. Os demais estão ali contra sua própria vontade e o resultado são os baixos rendimentos revelados nas avaliações em larga escala. O professor é injustamente responsabilizado pelos fracassos na aprendizagem.
Esse aluno também é vítima desse sistema perverso e mais vítima ainda é o professor que se expõe a situações desconfortáveis como, por exemplo, a humilhação, xingamentos, desrespeito. Está muito difícil corrigir um aluno que não traz consigo nenhum pré-requisito mínimo para a convivência social e o respeito pelos educadores.
Neste contexto, alguns sistemas de ensino preferem tomar medidas que atacam o efeito e não a causa, punindo os professores. No estado de São Paulo, supostamente com o objetivo de diminuir a quantidade de licenças saúde, o servidor ficará sem o pagamento até que a licença seja publicada no Diário Oficial, ou seja, as ausências no período compreendido entre o protocolo de licença e a decisão final devem ser consideradas como falta injustificada. O problema é que, após a perícia médica, o servidor deverá aguardar a publicação da mesma para receber o pagamento, caso a licença seja favorável.
Se existem bons e maus professores, também existem bons e maus governos, bons e maus representantes, bons e maus médicos... Ser professor é uma vocação, como deveria ser qualquer profissão, em sua base. Somente quem é professor sabe o quanto é difícil sê-lo nas condições sociais em voga, principalmente aqueles que trabalham em locais adversos, reféns da violência institucionalizada, sem as mínimas condições de segurança e de trabalho, tentando ensinar algo àqueles que não querem aprender nem o mínimo que está definido pelo sistema.
Ser professor se tornou uma escolha de poucos. Os baixos salários, a excessiva carga horária de trabalho, a desvalorização social e a falta de plano de carreira afastam as novas gerações da profissão. As salas de aulas superlotadas dificultam o trabalho. O profissional da educação básica cumpre com muitas atividades fora da sala de aula: tem que ler, estudar, manter-se informado, preparar boas aulas, corrigir provas e atividades. Então, uma carga horária de 40 horas semanais, de fato, torna-se até 60 horas com as atividades realizadas fora da sala de aula.
O professor está doente pelo mal-estar provocado pelo sentimento de opressão, seja de inquietude relativa a um futuro incerto, ao medo de ser a qualquer momento agredido e pelas incertezas de um presente ambíguo. É dominado pela inquietude, pela ansiedade, pela agitação, pelas fobias e por um sentimento confuso de impotência diante de suas limitações e um perigo eventual. Por isso, o Estado precisa repensar a suas políticas públicas, valorizar e apoiar mais um profissional tão importante para o futuro do país. Uma sociedade não é um mero conjunto de indivíduos vivendo juntos, em um determinado lugar, mas define-se essencialmente pela existência de uma organização, de pessoas que cumprem os seus deveres, se respeitam mutuamente, são capazes de ganhar sua própria subsistência com dignidade, que têm valores morais e uma atitude ética acima de tudo. E esses valores são construídos junto com o Professor.

(Fontes: Portal G1. 21/11/2017. Tese de Mestrado defendida por Ielva Bentes Galdino pela Universidade Federal de Juiz de Fora.)