quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Discurso Indireto: "Cientistas mostram, através de estudos, novidades...

Discurso Indireto: "Cientistas mostram, através de estudos, novidades...: Publicado hoje, 28/12 na Folha de São Paulo, no caderno Ciência: Estudo reverte danos mentais da síndrome de Down em roedores Camundo...

"Cientistas mostram, através de estudos, novidades em relação a síndrome de Down."


Publicado hoje, 28/12 na Folha de São Paulo, no caderno Ciência:



Estudo reverte danos mentais da síndrome de Down em roedores
Camundongos tiveram desempenho normal em teste cognitivoSALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Pesquisadores americanos demonstraram, num modelo animal, que é possível combater com sucesso o deficit cognitivo em portadores da síndrome de Down.
O resultado, obtido com camundongos, serve como prova de princípio de que é possível pelo menos reduzir os problemas de desenvolvimento mental da doença.
A síndrome de Down surge quando o indivíduo possui três cópias do cromossomo 21, em vez de duas. Essa alteração genética causa problemas na ativação de diversos genes, dando origem aos traços típicos da doença.
Nos experimentos, os cientistas usaram camundongos geneticamente modificados com três cópias do cromossomo 16 (que, nesses animais, corresponde ao 21 humano) nos trechos ligados à doença.
Normalmente, esses animais levam duas vezes mais tempo que seus colegas normais para encontrar a saída de um labirinto de água.
Contudo, depois de tratados com duas proteínas, denominadas NAP e SAL, eles passaram a ter desempenho considerado equivalente.
A escolha das proteínas para o tratamento se deu porque já se sabia que elas estão normalmente presentes nas células gliais -componentes do sistema nervoso que ajudam a proteger os neurônios. Em portadores da síndrome, contudo, há deficiência dessas substâncias.
Os cientistas usaram dois protocolos diferentes. Em um, injetaram NAP e SAL na mãe, antes do nascimento dos animais com a síndrome.
No outro, ministraram as proteínas por via oral nos próprios animais portadores, depois de adultos. Em ambos, os resultados foram melhoras na cognição.
Ainda assim, os pesquisadores são cautelosos ao afirmar que o procedimento deve funcionar em humanos.
"Não fizemos testes clínicos, então não posso me arriscar a dizer se vai funcionar com pessoas", diz Catherine Spong, dos NIH (Institutos Nacionais de Saúde dos EUA), autora do estudo.
Os resultados foram publicados na revista científica "Obstetrics & Gynecology".

Discurso Indireto: "Esse é o resultado de uma EDUCAÇÃO voltada soment...

Discurso Indireto: "Esse é o resultado de uma EDUCAÇÃO voltada soment...: ESSA É DE DOER MAS É A PURA VERDADE A Evolução da Educação: Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia... ...

"Esse é o resultado de uma EDUCAÇÃO voltada somente para índices de IDEB,PROVA BRASIL, SAEGO,AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA,etc..."


ESSA É DE DOER MAS É A PURA VERDADE


A Evolução da Educação:
Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia...
Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas,
Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a
Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas...

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:
Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80. Dei à
balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar
receber ainda mais moedas. A balconista pegou o dinheiro e ficou
olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que
fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela
não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la.
Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela
aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950,
que foi assim:

1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?

2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?

3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00..
Qual é o lucro?

4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00..
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
(  ) R$ 20,00  (  ) R$ 40,00  (  ) R$ 60,00  (  ) R$ 80,00  (  ) R$ 100,00

5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00..
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
(  ) SIM  (  ) NÃO

6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00..
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(  ) R$ 20,00  (  ) R$ 40,00  (  ) R$ 60,00  (  ) R$ 80,00  (  ) R$ 100,00

7. Em 2010...:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00..
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra
minoria social não precisa responder, pois é proibido reprová-los).
(  ) R$ 20,00  (  ) R$ 40,00  (  ) R$ 60,00  (  ) R$ 80,00  (  ) R$ 100,00

E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer
com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos, pois a
professora provocou traumas na criança.
Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar
ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar
armado).

Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:

Todo mundo está 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos...
Quando é que se 'pensará' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Passe adiante!
Precisamos começar JÁ!Ou corremos o sério risco de largarmos o mundo
para um bando de analfabetos, egocêntricos, alienados e sem a menor
noção de vida em sociedade e respeito a qualquer regra que seja!!!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Discurso Indireto: "Piso Salarial para os Professores"

Discurso Indireto: "Piso Salarial para os Professores": Com o título: "Estados não cumprem lei do piso nacional para professor", a Folha de São Paulo publicou a matéria à seguir em 16/11. Ap...

"Piso Salarial para os Professores"

Com o título: "Estados não cumprem lei do piso nacional para professor", a Folha de São Paulo publicou a matéria à seguir em 16/11. 

Após, três anos....somente agora, dezembro/2011, é que o Estado de Goiás enviou o projeto para a aprovação na Assembléia Legislativa.

Até ser votado o que é obrigatório para nossa classe conforme o texto em anexo, e se aprovado, receberemos em 2012... e, será que virá "parcelado" como os anteriores? 





Ao menos quatro Estados estão fora das duas normas para o magistério
Lei nacional prevê remuneração de R$ 1.187 para 40 horas semanais e 33% de tempo extraclasse
Entidade recomenda que sindicatos de professores entrem com ações judiciais contra Estados infratores
André Fossati/Folhapress
Diliana dá aulas em 2 escolas de MG e ganha menos que piso
Diliana dá aulas em 2 escolas de MG e ganha menos que piso
FÁBIO TAKAHASHI
LUIZA BANDEIRA
DE SÃO PAULO
Aprovada há mais de três anos, a lei nacional do piso do magistério não é cumprida em pelo menos 17 das 27 unidades da Federação.
A legislação prevê salário mínimo de R$ 1.187 a professores da educação básica pública, em jornada semanal de 40 horas, excluindo as gratificações, e assegura que os docentes passem ao menos 33% desse tempo fora das aulas.
A ideia é que os professores tenham melhores condições de trabalho com aumento salarial e período remunerado para atender aos alunos, preparar as aulas e estudar.
O levantamento da Folha com as secretarias estaduais de Educação mostra que a jornada extraclasse é o ponto mais desrespeitado da lei: 15 Estados a descumprem, incluindo São Paulo, onde 17% da carga é fora da classe.
Desse grupo, quatro (MG, RS, PA e BA) também não pagam o mínimo salarial, ou seja, estão totalmente fora da legislação nacional. Outros dois desrespeitam só o salário.
Para aumentar o período dos docentes fora da sala de aula é preciso contratar mais profissionais ou elevar a carga dos que já estão na rede -ambas opções são custosas.
A lei pode ajudar professores como Diliana Márcia de Barros Lisboa, 43, que leciona história e geografia a adolescentes em duas escolas estaduais de Minas Gerais. Seu salário base é R$ 712.
Ela só consegue corrigir trabalhos e preparar aulas à noite. "Com esse salário, apenas sobrevivo", diz Diliana.
IMBRÓGLIO JURÍDICO
A implementação da lei do piso foi conturbada. Sancionada em julho de 2008, foi contestada três meses depois no Supremo Tribunal Federal pelos governos de MS, PR, SC, RS e CE. Uma das principais argumentações era que a regra significava intromissão em assunto que caberia a cada Estado e município.
Em abril deste ano, o Supremo decidiu que a lei não fere a Constituição.
O Ministério da Educação afirma que a regra deve ser aplicada imediatamente, mas que não pode obrigar Estados e municípios a cumpri-la.
Por outro lado, a gestão Dilma disse que pode ajudar redes com dificuldades financeiras, desde que elas comprovem a necessidade -o que não tem ocorrido, afirma o Ministério da Educação.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação disse que recomendou a seus sindicatos que entrem na Justiça para cobrar a adoção. Governadores e secretários podem sofrer ações de improbidade administrativa.
"Estados e municípios não se prepararam porque apostaram que ganhariam no Supremo", disse o presidente da confederação, Roberto Leão.
O Consed (órgão que reúne secretários estaduais de Educação) disse ser favorável à lei, mas que é necessário um período para transição. "O impasse não interessa a ninguém", disse o vice-presidente Danilo de Melo Souza.

domingo, 11 de dezembro de 2011

"Filhos viciados em videogame"

  

Jogar videogame é uma atividade prazerosa para crianças e adolescentes. Porém, é importante tomar cuidado e abrir os olhos para que jogos não se tornem um vício, já que pode prejudicar a formação dos seus filhos. O que fazer quando a diversão vira algo nocivo? Veja algumas dicas de como ajudar seus filhos a entender os limites entre diversão e obrigação:
Efeito nocivo
Para saber se o excesso de videogame está fazendo mal a seus filhos, o psicólogo Tiago Tamborini exemplifica alguns sintomas: “O efeito pode ser nocivo quando a frequência causa prejuízos significativos em outras áreas da vida: dificuldades de socialização, dificuldades para dormir, irritabilidade, apatia, dores de cabeça, fobias vinculadas aos temas dos jogos – medos para dormir e medos para sair de casa”.
Será que é vício?
Como descobrir se o seu filho está passando noites em claro por causa do videogame? “É um diagnóstico delicado. Para cada jovem existirá um limite. Aqueles que conseguem fazer do videogame parte de suas atividades de lazer, sabendo conciliar com outras atividades prazerosas, sem esquecer das obrigações, podem ficar horas jogando e não representar um problema. No entanto, jovens que só entendem o videogame como diversão, não escolhem outras formas de socialização e não executam suas tarefas ligadas as obrigações, estão, claramente, precisando diminuir o uso”, diz o psicólogo. Preste atenção nas atividades rotineiras de seus filhos e fique esperta – ele pode estar deixando muitas coisas de lado para se dedicar aos vícios.
Como lidar com a situação?
Se a situação saiu do controle e seus filhos perderam a noção de limite, o caminho é o diálogo. “Os pais devem dar bons exemplos, incentivar hábitos ligados ao esporte, proporcionar atividades com os colegas e acompanhar de perto o desenvolvimento do filho”, conta Tiago. A psicopedagoga Betina Serson aconselha: “Primeiro deve-se conversar com o filho e aos poucos ir diminuindo o tempo que ele passa com os jogos. Se não adiantar, é bom colocar limites muito claros e com tempo para os jogos, tanto no computador quanto no videogame”.
Influência dos amigos
Na maioria dos casos, os amigos influenciam bastante nas decisões dos adolescentes. “Há o incentivo dos amigos, de maneira direta ou indireta. Direta, quando todos jogam juntos online ou presencialmente. Indireta quando, ao saber que todos conhecem e jogam, também é preciso conhecer e jogar. Quanto a isso, não há saída. Sugiro que ao menos incentive que os jogos sejam jogados presencialmente com os colegas. Assim, pelo menos, fica mais fácil criar situações comuns a convivência, como: discussões, troca de ideias, organização, saber dividir, entre outros”, reforça o psicólogo. Betina também complementa que os pais podem conversar com outros pais: “É possível conversar com os outros pais para ver se também está atrapalhando. Se estiver, os pais precisam ter regras conjuntas para limitar os videogames”.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Discurso Indireto: "Brincar : valores, ética e cidadania para toda a ...

Discurso Indireto: "Brincar : valores, ética e cidadania para toda a ...: Um dos desafios da escola é dar resposta à questão: "Que cidadão queremos ajudar a formar?". Os projetos pedagógicos das escolas sinalizam...

"Brincar : valores, ética e cidadania para toda a vida" "

Um dos desafios da escola é dar resposta à questão: "Que cidadão queremos ajudar a formar?". Os projetos pedagógicos das escolas sinalizam todos no mesmo sentido afirmando: "Queremos formar cidadãos autônomos, críticos, criativos, éticos, independentes, etc." Nem sempre essas palavras traduzem em ações. Ficam nas boas intensões!


A formação para a cidadania tem como pilares os conceitos de ética e de moral. Eles devem constituir o pano de fundo do desenvolvimento cognitivo e social das crianças no contexto escolar.


Neste, conceituaremos moral como o conjunto de regras que restringem a liberdade individual em benefício da harmonia do convívio social. Sendo regra, haverá sempre uma punição para quem a descumpre.


Por outro lado, conceituaremos ética como o conjunto de princípios e valores que conduzem a vida dos membros de um grupo social e determinam as regras da moral. Em suas etimologias, moral e ética estão ligadas aos costumes dos diferentes grupos sociais, ou seja, há diferentes éticas e morais, que devem por isso ser respeitadas não como certas ou erradas, mas como diferentes. Assim, por exemplo, há o princípio do respeito à vida e à saúde das pessoas (ética) que leva à regra moral que impõe  o limite de velocidade no trânsito, como punição para quem a descumpre. Por isso dizemos que a moral responde à pergunta "o que devo fazer?" e a ética "como devo viver?". Ou seja, a ética busca a qualidade de vida entre as pessoas, visando à vivência plena da cidadania.


O lúdico - brincadeiras e jogos - pode contribuir na formação para a cidadania na medida em que a criança e o adolescente desenvolvam princípios éticos que os levem a entender as regras da moralidade na convivência social. Por exemplo: quero jogar futebol, mas para isso preciso respeitar as regras, caso contrário estarei fora do jogo; quero jogar videogame, mas se não respeitar as regras do jogo e descobrir estratégias específicas não conseguirei passar de determinada fase.


A compreensão dos princípios e valores éticos que levam ao desenvolvimento do raciocínio e julgamento moral é diferente nas várias fases do desenvolvimento do sujeito. Isso nos leva a três conceitos importantes: anomia, heteronomia e autonomia.


As crianças no início do seu desenvolvimento começam a perceber que existem figuras de autoridade a quem devem atender; mas ainda não conseguem compreender os julgamentos sobre seus próprios comportamentos para, a partir daí, se regularem. Tudo para elas é brincadeira. Há uma espécie de ausência de regras. Estas existem para o outro e ainda não fazem sentido para a criança. É o período da predominância do egocentrismo. É a fase da anomia.


Com o tempo, e a partir da interação mediada, passam a compreender a necessidade das regras de convivência. Os adultos lhes mostram os limites no comportamento. É o período da imposição da autoridade, do castigo e do prêmio. É a fase da heteronomia. Se o desenvolvimento for feito de forma que a todo limite colocado for explicitado o princípio ético que o justifique, haverá grande possibilidade de que o sujeito alcance a autonomia. Podemos dizer, então, que haverá a fase da moral (heteronomia) e a fase da ética (autonomia).


Na autonomia observa-se a apropriação dos parâmetros necessários para avaliação de situações sociais e do seu próprio comportamento, fazendo com que a pessoas seja capaz de apresentar julgamento ético sobre si e sobre os outros. Desenvolvida a autonomia o sujeito adquire a consciência moral, cumprindo os deveres não por medo de punições, mas com a consciência de sua necessidade e significação. Na ausência da autoridade, o sujeito cumpre as normas, pois é autodisciplinado e justo, É a força da responsabilidade que rege as suas ações.


A brincadeira e o jogo podem favorecer o desenvolvimento ético e moral do educando. O brincar é inerente à fase inicial de desenvolvimento e expressa o prazer da fantasia, da interação social, do coleguismo e da cooperação. Para uma criança que brinca, um cabo de vassoura vira um cavalo, uma boneca uma "filha" que escuta, recebe bronca, come uma comidinha virtual,, etc. É uma fase do "faz de conta".


Por outro lado, o chamado "jogo de regras" favorece na criança o desenvolvimento da moral e da ética, na medida em que oportuniza a ela diversas circunstâncias que promovem suas possibilidades de atribuir significados a regras na interação social. A criança pode então perceber o valor do jogo e da interação e assim tem a necessidade de regular seu comportamento para estar em sociedade, ou seja, pode ter a necessidade de rever e adaptar as vantagens pessoais em beneficio do grupo.


Quando o "dono da bola" se vê ameaçado e diz "agora ninguém mais joga" fere o princípio da cooperação. Ocorre muitas vezes que crianças, ao verem que estão perdendo na competição, simplesmente querem "mudar as regras de jogo" em benefício próprio. Esse é um importante momento para educar para os princípios éticos de respeito às regras estabelecidas.


Na escola, brincar e jogar devem estar associados ao prazer. O estudar é naturalmente associado, pelas crianças e jovens, ao sacrifício e à obrigação. Assim, as brincadeiras, os jogos de regras e os jogos de cooperação são excelentes oportunidades para o desenvolvimento dos valores éticos e das regras da moralidade, com vistas à vivência plena da cidadania.



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Discurso Indireto: " Pais, mães e educadores leiam. Verdades doem, ma...

Discurso Indireto: " Pais, mães e educadores leiam. Verdades doem, ma...: Essa palestra deveria ser fixada na parede de todas as casas, para que quando nós, pais, a lêssemos, não ficássemos nos sentindo culpados ...

" Pais, mães e educadores leiam. Verdades doem, mas constroem também.


Essa palestra deveria ser fixada na parede de todas as casas, para que
quando nós, pais, a lêssemos, não ficássemos nos sentindo culpados ao dizer
um "não" na hora certa. 
          
   Palestra ministrada pelo médico psiquiatra Dr. Içami Tiba, em Curitiba,  
  23/07/09.                                                                 
  O palestrante é membro eleito do Board of Directors of the International  
  Association of Group Psychotherapy. Conselheiro do Instituto Nacional de  
  Capacitação e Educação para o Trabalho "Via de Acesso". Professor de      
  cursos e workshops no Brasil e no Exterior. 
                             
  Em pesquisa realizada em março de 2006, pelo IBOPE, entre os psicólogos  
  do Conselho Federal de Psicologia, os entrevistados colocaram o Dr. Içami
  Tiba como terceiro autor de referência e admiração - o primeiro nacional. 

        1º- lugar: Sigmund Freud ;                                          
        2º- lugar: Gustav Jung;                                            
        3º- Lugar: Içami Tiba   
                                            
  1. A educação não pode ser delegada à escola. Aluno é transitório.        
  Filho é para sempre.    
                                                   
  2. O quarto não é lugar para fazer criança cumprir castigo.              
  Não se pode castigar com internet, som, tv, etc...  
                       
  3. Educar significa punir as condutas derivadas de um                    
  comportamento errôneo. Queimou índio pataxó, a pena (condenação judicial)
  deve ser passar o dia todo em hospital de queimados.  
                     
  4. É preciso confrontar o que o filho conta com a verdade real.          
  Se falar que professor o xingou, tem que ir até a escola e ouvir o outro  
  lado, além das testemunhas.     
                                          
  5. Informação é diferente de conhecimento. O ato de conhecer vem após o  
  ato de ser informado de alguma coisa.                                    
  Não são todos que conhecem.                                              
  Conhecer camisinha e não usar significa que não se tem o conhecimento da  
  prevenção que a camisinha proporciona.  
                                   
  6. A autoridade deve ser compartilhada entre os pais. Ambos devem mandar.
  Não podem sucumbir aos desejos da criança. Criança não quer comer?        
  A mãe não pode alimentá-la. A criança deve aguardar até a próxima        
  refeição que a família fará . A criança não pode alterar as regras da    
  casa.                                                                    
  A mãe NÃO PODE interferir nas regras ditadas pelo pai (e nas punições    
  também) e vice-versa. Se o pai determinar que não haverá um passeio,      
  a mãe não pode interferir. Tem que respeitar sob pena de criar um        
  delinquente. 
                                                              
  7. Em casa que tem comida, criança não morre de fome . Se ela quiser      
  comer, saberá a hora. E é o adulto quem tem que dizer QUAL É A HORA de se
  comer e o que comer. 
                                                      
  8. A criança deve ser capaz de explicar aos pais a matéria que estudou e  
  na qual será testada. Não pode simplesmente repetir, decorado.            
  Tem que entender.    
                                                     
  9. É preciso transmitir aos filhos a idéia de que temos de produzir o    
  máximo que podemos. Isto porque na vida não podemos aceitar a média      
  exigida pelo colégio: não podemos dar 70% de nós, ou seja, não podemos    
  tirar 7,0.    
                                                             
  10. As drogas e a gravidez indesejada estão em alta porque os            
  adolescentes estão em busca de prazer. E o prazer é inconsequente.   
      
  11. A gravidez é um sucesso biológico e um fracasso sob o ponto de vista  
  sexual.      
                                                             
  12. Maconha não produz efeito só quando é utilizada. Quem está são, mas é
  dependente, agride a mãe para poder sair de casa, para fazer uso da      
  droga .                                                                  
  A mãe deve, então, virar as costas e não aceitar as agressões. Não pode  
  ficar discutindo e tentando dissuadi-lo da idéia. Tem que dizer que não  
  conversará com ele e pronto. Deve 'abandoná-lo' .  
                       
  13. A mãe é incompetente para 'abandonar' o filho. Se soubesse fazê-lo, o
  filho a respeitaria. Como sabe que a mãe está sempre ali, não a respeita. 

  14. Se o pai ficar nervoso porque o filho aprontou alguma coisa, não deve
  alterar a voz. Deve dizer que está nervoso e, por isso, não quer          
  discussão até ficar calmo. A calmaria, deve o pai dizer, virá em 2, 3, 4  
  dias. Enquanto isso, o videogame, as saídas, a balada, ficarão suspensas,
  até ele se acalmar e aplicar o devido castigo.  
                           
  15. Se o filho não aprendeu ganhando, tem que aprender perdendo.   
        
  16. Não pode prometer presente pelo sucesso que é sua obrigação. Tirar    
  nota boa é obrigação. Não xingar avós é obrigação. Ser polido é          
  obrigação. Passar no vestibular é obrigação. Se ganhou o carro após o    
  vestibular, ele o perderá se for mal na faculdade.  
                       
  17. Quem educa filho é pai e mãe. Avós não podem interferir na educação  
  do neto, de maneira alguma. Jamais. Não é cabível palpite. Nunca.   
      
  18. Se a mãe engolir sapos do filho, ele pensará que a sociedade terá que
  engolir também. 
                                                          
  19. Videogames são um perigo: os pais têm que explicar como é a          
  realidade, mostrar que na vida real não existem 'vidas', e sim uma única  
  vida. Não dá para morrer e reviver. Não dá para apostar tudo, apertar o  
  botão e zerar a dívida.     
                                              
  20. Professor tem que ser líder. Inspirar liderança. Não pode apenas      
  bater cartão.     
                                                        
  21. Pais e mães não podem se valer do filho por uma inabilidade que eles  
  tenham.                                                                  
  'Filho, digite isso aqui pra mim porque não sei lidar com o computador'.  
  Pais têm que saber usar o Skype, pois no mundo em que a ligação é        
  gratuita pelo Skype,é inconcebível pagarem para falar com o filho que    
  mora longe.   
                                                            
  22. O erro mais frequente na educação do filho é colocá-lo no topo da    
  casa. O filho não pode ser a razão de viver de um casal. O filho é um dos
  elementos. O casal tem que deixá-lo, no máximo, no mesmo nível que eles.  
  A sociedade pagará o preço quando                                        
  alguém é educado achando-se o centro do universo.  
                       
  23. Filhos drogados são aqueles que sempre estiveram no topo da família. 
  
  24. Cair na conversa do filho é criar um marginal. Filho não pode dar    
  palpite em coisa de adulto. Se ele quiser opinar sobre qual deve ser a    
  geladeira, terá que mostrar qual é o consumo (KWh) da que ele indicar. Se
  quiser dizer como deve ser a nova casa, tem que dizer quanto isso (seus  
  supostos luxos) incrementará o gasto final.
                               
  25. Dinheiro 'a rodo' para o filho é prejudicial. Mesmo que os pais o    
  tenham, precisam controlar e ensinar a gastar.  
                           
  Frase final de Içami Tiba:        

                                         
   "A mãe (ou o pai!) que leva o filho para a igreja,para um templo, para  
  uma doutrina espiritual, não vai buscá-lo na cadeia..."                   

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Discurso Indireto: "Dados preocupantes para nosso mundo globalizado."...

Discurso Indireto: "Dados preocupantes para nosso mundo globalizado."...: O texto à seguir, foi publicado hoje na Folha de São Paulo. Confiram. Cresce número de jovens que priorizam o trabalho Mais pessoa...

"Dados preocupantes para nosso mundo globalizado."

 O texto à seguir, foi publicado hoje na Folha de São Paulo.
 Confiram.






Cresce número de jovens que priorizam o trabalho
Mais pessoas entre 18 e 22 anos têm deixado estudos de lado, mostra PNAD
Economia aquecida pode ter contribuído para decisão de buscar emprego antes de pensar na faculdade
ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO
Leticia Moreira/Folhapress
Vinicius Lima, 19, que trabalha no HSBC
Vinicius Lima, 19, que trabalha no HSBC
Uma parcela cada vez maior de jovens entre 18 e 22 anos tem engavetado ou abandonado os planos de estudo para apenas trabalhar.
Entre os homens dessa faixa etária, mais da metade já se dedica exclusivamente ao trabalho -o percentual aumentou de 46,8% em 2001 para 51,1% em 2009. Já as mulheres que só trabalham representavam 31% do total em 2009 contra 27,5% em 2001.
Os dados são da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) e foram levantados pelo economista Naercio Menezes Filho, do Insper.
Segundo especialistas, o fato de que mais jovens têm conseguido terminar a escola com a idade de 17 anos ajuda a explicar essa tendência. A fatia de alunos "atrasados" cursando o ensino médio caiu de 52,2% do total em 1992 para 32,9% em 2009.
"Se o jovem tem 18, 19 anos e ainda está no ensino médio pode ter de adiar os planos de trabalhar ou acabar conciliando estudo e trabalho", diz Menezes Filho.
ECONOMIA AQUECIDA
O crescimento mais acelerado da economia brasileira nos últimos anos pode estar contribuindo para a decisão dos jovens de ir direto da escola para o mercado de trabalho, pulando -ainda que temporariamente- a etapa da faculdade.
O contexto de maiores oportunidades de negócios foi, por exemplo, um dos fatores que levaram Filipe Travassos da Silva, 22, a assumir o negócio de terraplenagem do pai, que queria se aposentar. Ele tinha feito um curso de tecnólogo em informática.
"Eu sempre quis me tornar independente, ter meu próprio dinheiro", diz Silva, que considera fazer um curso curto de empreendedorismo, mas não cursar faculdade.
Há casos, no entanto, de jovens que não estão no ensino superior por falta de dinheiro.
"Eu queria fazer publicidade, mas não tinha dinheiro para pagar ", afirma Vinicius Sampaio Lima, 19.
Lima, que terminou o ensino médio com 18 anos e está trabalhando na área de expedição do HSBC, não tentou entrar em uma universidade pública. Ele espera conseguir juntar dinheiro para pagar um curso de fotografia.
Rodrigo Capelato, diretor do Semesp (Sindicato das Entidades Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior no Estado de São Paulo), afirma que, com a expansão da classe média e o aumento de vagas em faculdades privadas, a procura por cursos até aumentou.
"Mas uma fatia grande de alunos acaba trancando o curso porque não consegue pagar a mensalidade ou porque escolhe o curso que pode pagar, mas não se identifica com o mesmo", diz ele.
Yasmin Hussein Chamas, 19, diz que tem vontade de estudar psicologia, mas ouve dizer que "não dá grana". Ela trabalha em uma empresa de telemarketing.
PREOCUPAÇÃO
O afastamento entre os jovens e o ensino superior preocupa especialistas. O problema é agravado pelo fato de que também tem aumentado o percentual de jovens de 18 a 22 anos que não está nem estudando nem trabalhando.
"Os dados são assustadores. Essa é a faixa onde as pessoas estão em seu curso universitário. E as empresas buscam pessoas cada vez mais bem formadas", diz José Tolovi Jr., CEO global da organização Great Place to Work.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Discurso Indireto: "Estudo mostra que 10% dos professores brasileiros...

Discurso Indireto: "Estudo mostra que 10% dos professores brasileiros...: A divulgação da pesquisa à seguir, é matéria da Folha de São de Paulo de hoje, 07 de novembro. Muito interessante e mostra a realidade da no...

"Estudo mostra que 10% dos professores brasileiros fazem 'bico'. Confiram!"

A divulgação da pesquisa à seguir, é matéria da Folha de São de Paulo de hoje, 07 de novembro. Muito interessante e mostra a realidade da nossa classe em todo território nacional.







10% dos professores no país fazem 'bico'

Docentes procuram uma segunda ocupação mais do que padeiros, corretores de imóveis e PMs, segundo estudo

Para especialistas, média salarial não é única explicação para impulsionar o professor à dupla função

Semanalmente, a professora de ciências Sonia Maria de Barros Cardoso, 52, leciona 32 horas em duas escolas públicas no Rio. Seu salário é de R$ 1.800.
Para complementar, vende cosméticos, o que lhe rende R$ 1.000 mensais em oito horas semanais. "Em datas comemorativas, chega a ficar igual ao que ganho no magistério", afirma a docente.
Como Sonia, outros 266 mil professores da educação básica do país possuem uma segunda ocupação fora do ensino, um "bico", aponta estudo apresentado no mês passado pelos pesquisadores da USP Thiago Alves e José Marcelino de Rezende Pinto.
O número representa 10,5% do magistério nacional, índice bem acima do da população brasileira (3,5% têm uma segunda ocupação). O estudo usa a Pnad-IBGE e o Censo Escolar-MEC, ambos de 2009, e abrange as redes privada e pública.
Alguns dos mais frequentes "bicos" dos docentes são os de vendedores em lojas e os de funcionários em serviços de embelezamento.
Segundo a pesquisa da USP, os professores recorrem mais à segunda ocupação do que os padeiros, os corretores de imóveis e os PMs.

POLÊMICA SALARIAL
Para os autores do estudo, a maior incidência do "bico" entre os professores está relacionada aos baixos salários.
A média salarial dos docentes do ensino fundamental, segundo a pesquisa (entre R$ 1.454 e R$ 1.603 à época), é inferior ao que ganham, em média, corretores de seguro (R$ 1.997) e caixas de bancos (R$ 1.709).
"O professor, com isso, é obrigado a despender energia em ações que não têm a ver com aulas", diz Alves.
Para alguns especialistas, no entanto, a questão não é tão simples.
"Os salários não são uma maravilha, mas, se comparados à média da população, os professores não estão morrendo de fome", afirma Simon Schwartzman, pesquisador do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade.
"Sempre que há concurso para contratação de professores para as redes públicas há uma grande concorrência. Se a profissão fosse tão ruim, não haveria fila", diz Samuel Pessoa, da FGV.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Discurso Indireto: "Novas tecnologias, métodos antigos..."

Discurso Indireto: "Novas tecnologias, métodos antigos...": Por que preparar o educador para aproveitar a tecnologia com toda sua ...

"Novas tecnologias, métodos antigos..."

                   Por que preparar o educador para aproveitar a tecnologia 
                                            com toda sua potencialidade pedagógica?

Todos os dias, os avanços tecnológicos se apresentam na forma de novos recursos e ferramentas mais complexas e poderosas, a fim de que as tarefas do dia a dia sejam cada vez mais ágeis. Essas tecnologias permeiam as atividades cotidianas e alteram a cultura social, os relacionamentos e também a maneira de aprender e ensinar. Porém, as escolas não devem se sentir influenciadas, principalmente pelos meios de comunicação, a ponto de adquirir esses artefatos apenas para serem consideradas modernas. Os recursos tecnológicos disponíveis não podem servir somente para animar uma educação cansada, Eles devem dar um sentido a mais no processo de ensino-aprendizagem. De nada adianta, por exemplo, uma escola possuir um parque computacional invejável, se os professores não estiveram capacitados a transformar a tecnologia em instrumento educacional.

Segundo o filósofo e educador Masrhall Mcluhan, "as novas tecnologias são sempre utilizadas para fazer um trabalho velho, isto é, até que alguma força direcionadora faça com que elas sejam utilizadas de novas maneiras". Para não cometermos os mesmos erros do passado, precisamos de bom-senso no uso de novas tecnologias na educação. Do contrário, o recurso servirá apenas para acomodar o professor e tornar suas aulas cansativas, exatamente como aconteceu com o surgimento do videocassete e do retroprojetor, por exemplo.

Um artigo de Claudio de Moura Castro, publicado na revista Veja de 11 de agosto de 2010, alerta para o péssimo uso do PowerPoint em sala de aula. Intitulado "PowerPoint com carteirinha", o texto apresenta exemplos de situações em que "o slide arruína a aula, arrancando-a do professor e deixando desgovernada a atenção da plateia. Por isso surge a reação de muitos alunos: lá vem um PowerPoint chatíssimo! Ao final, o autor sugere ironicamente a exigência de uma carteira de habilitação para usar o PowerPoint, "para evitar que barbeiragens ponham a perder o potencial educativo de um recurso de um recurso tão extraordinário."

Por isso, cuidado! Atualmente muitas escolas adquirem a lousa eletrônica por seu status de modernidade, mas a utilizam de forma tradicional. Esquecem que o importante é a potencialidade de interação e simulação, e que a lousa precisa de conteúdos pertinentes a seu uso e não apenas de fotos bonitas e encantadoras. Busquemos atividades que permitam explorar ao máximo essa tecnologia. Assim estaremos melhorando o processo de ensino-aprendizagem com um recurso realmente criativo e inovador.

Para que a tecnologia faça parte parte da vida das pessoas, necessitamos, de fato de uma mudança cultural. No livro "Geração Digital" Tapscott afirma que as crianças realmente têm mais facilidade com novas tecnologias do que seus pais. Logo, é verdadeira aquela impressão de que nossos filhos assimilam as novidades mais rapidamente do que nós. Os adultos precisam adaptar-se a um processo de aprendizado diferente e bem mais difícil, enquanto as crianças já nascem com a tecnologia assimilada ao dia a dia. Para elas, a nova ferramenta é apenas mais uma parte de seu ambiente e usá-la é tão natural quanto respirar. Para as crianças, tudo funciona da maneira como funciona. O aprendizado é uma descoberta, não uma acomodação a estruturas existentes.

É inegável que o ritmo acelerado das inovações tecnológicas, assimiladas tão facilmente pelos alunos, exige uma educação igualmente capaz de estimular o interesse deles pela aprendizagem, por novos conhecimentos e técnicas. Interesse que precisará ser mantido ao longo da vida profissional, que certamente estará cada vez mais sujeita ao impacto de novas tecnologias. Por isso, há necessidade de pensar e de revolucionar a escola sobre bases totalmente novas. Repensar de que maneira é possível apropriar-se socialmente das novas tecnologias , incorporando as constantes mudanças.Essa nova escola deve trabalhar com uma multiplicidade de visões de mundo. Ela tem que exercitar a imaginação no lugar da razão. Devemos formar um ser humano criativo, que produza novas ideias, e não um ser humano passivo, mecanizado, que só absorve a informação sem gerar o conhecimento. As instituições educacionais precisam atualizar o modelo de ensino-aprendizagem a fim de atender às demandas dos estudantes. Mas o simples uso das ferramentas tecnológicas de nada adiantará. Elas podem sim potencializar a educação, mas somente se a escola estiver envolvida em um processo de atualização da metodologia de ensino.


terça-feira, 25 de outubro de 2011

"Empreender um futuro melhor."

Empreendedorismo é uma atitude voltada a um compromisso com a excelência, um valor que uma pessoa elege em cada atitude sua, válido para todas as carreiras do mercado de trabalho. Por isso, empreendedorismo é ensinado, sim, em escolas, com grande impacto no preparo do projeto de vida dos alunos. e a postura do professor para fazê-lo é um ponto fundamental ao sucesso desse processo.

Em pequenos detalhes essa postura se revela, por exemplo, quando um professor valoriza um caderno organizado. Ou, em uma observação mais ampla, quando valoriza uma boa sociabilidade entre os estudantes. E ainda na forma como se apresenta à classe, desde sua aparência até seus valores. Em tudo se revela uma atitude empreendedora ou não.

Uma questão se faz fundamental antes de se pensar na prática da docência: quem é o professor na vida de um aluno? Ele é o primeiro adulto que traz uma referência que não é a da família para uma criança ou um adolescente. Ao pensarmos em um processo de amadurecimento na formação da personalidade, do caráter e até da identidade de uma criança, é a partir do convívio com o professor que ela cria um ideal de ser e as referências do mundo adulto.E pode criar tanto gostos quando desgostos.

Assim, o educador tem um papel central na formação das crenças que uma criança vai ter na sua vida. Depois dos pais, os professores são a principal autoridade moral, intelectual, educacional e ética, na qual crianças e adolescentes baseiam seus comportamentos e criam seus conceitos.

A influência do professor na formação do projeto de vida acontece de diversas maneiras. A primeira delas está ainda no campo afetivo e se vê na representação de seu próprio papel como adulto. A pessoa que está dando aulas é calma, animada, justa, coerente e amorosa? Ou é agressiva, intolerante, mal-humorada e injusta? Essas representações simbólicas dão para a criança a ideia de que crescer e/ou conviver é bom ou não. Parte dos adolescentes que não consegue amadurecer viu em seus pais e educadores a postura de que o mundo adulto é castrador, difícil e ruim. E ainda hoje há muitos pais que, na mesa de jantar ou durante o almoço, chegam e dizem  "ai que dia difícil", "aproveitem enquanto são crianças", mostrando aos filhos que ser adulto é ruim. Da mesma forma, professores falam da sua própria condição como algo negativo, o que gera a mesma frustração.

A segunda dimensão da influência é sobre ter atitudes empreendedoras ou não. O professor, à medida que tem uma lousa bonita ou se utiliza de datashow com apresentação motivadora e bem preparada , que tem aula animada e se veste adequadamente, está mostrando um amor à sua profissão que não só atrai os alunos e ajuda a construir crenças positivas à sua carreira, como também estimula o crescimento e o esmero como que se faz. Uma aula com bom manejo da sala leva aos estudantes a ideia de que o mundo adulto e o trabalho são coisas positivas, Por outro lado, uma aula qualquer, sem empenho nem ânimo, inspira o mau desempenho da classe. Essa associação negativa, muitas vezes, já foi vista pelo aluno antes mesmo de entrar na escola, no momento em que o pai lhe disse que não pode brincar com ele porque "tem de trabalhar".

Um dos grandes desafios dos educadores é conciliar o afeto e a firmeza, que não são excludentes. Vemos isso no próprio corpo humano, Estamos estruturados em ossos duros, mas somos flexíveis em juntas para possibilitar movimentos e adaptações. O professor tem de ter essa flexibilidade, trabalhar com metas e valorizar os que não se empenham tanto, afinal a flor mais bela do jardim não é a que se abre primeiro. Alguns alunos com dificuldade na escola se saem bem na vida, que sabemos, não é uma linha reta. Portanto não se pode desprezar uma pessoa em sua formação.

A formação de um professor deveria conter habilidades e competências como carisma, liderança, criatividade, manejo de humor, negociação, para uma boa mediação docente, que não está nos currículos das faculdades de educação. Perpetua-se, então, uma ideia de que saber Matemática é suficiente para ser professor de Matemática, o que não faz sentido.

É preciso pensar na referência que o próprio professor tem de quando ele era aluno. Acontece que hoje os estudantes convivem com mais tecnologia, mídias sociais, interagem e escolhem mais. E a educação não pode alienar-se à vida, precisa, sim, fazer parte dela. O educador hoje não detém mais a informação, ela está no Google e em outros buscadores virtuais, além de poder ser acessada em segundos. A questão é o que fazer com a informação e eis o desafio colocado a nós, educadores. Como vamos criar um contexto de que o que ensinamos tem um significado para a vida do aluno?

Para esse desafio, é preciso desfazer-se de um preconceito muito presente na mídia, inclusive entre professores, de que o jovem é em geral desinteressado. Essa ideia é errada e pode ser derrubada em números, como uma pesquisa realizada com 28 mil jovens em 18 países pela Viacom, conglomerado de mídia que opera canais de TV por assinatura. No Brasil, essa pesquisa aponta que 80% deles querem ter sucesso profissional, formar uma família, ser bom pai ou boa mãe, ser um parceiro carinhoso e cuidar dos pais. Um passeio por blogs de adolescentes nos mostra perfeitamente essa realidade.

Existe, portanto, uma demanda por uma melhor qualidade educacional. Em âmbito federal, estadual e municipal é preciso investir mais na qualificação do educador, desenvolver suas habilidades, técnicas e inter-pessoais, proporcionar qualidade de vida em seu próprio espaço de convivência e em parceria com as famílias. De nada adianta pensar somente em números; haja "provas" para nossos alunos fazerem; é: Prova Brasil, SAEGO, Diagnóstica (no caso de Goiás), PASP, índice do IDEB, etc. Na pesquisa que um colega realizou para sua dissertação de mestrado, sobre a participação dos pais na educação dos filhos, foram  encontrados uma série de indicadores de que quando pais e escolas trabalham em parceria, aumenta-se o QI do aluno, diminuem os comportamentos autodestrutivos e melhora-se a autoestima. Nesse contexto, vale a pena "importar" modelos de educação oriundos de países que possuem realidade completamente diferente da nossa? (isso é o que nosso estado está fazendo na atualidade).

Aos professores, trabalhar com essa demanda por qualidade significa ter visão realmente voltada à diversidade, com inclusão e repeito mútuo, informar sem opinar nem interferir na vida do aluno, entender a transversalidade de empreendedorismo na escola e ter em mente que não faz mais sentido pensar em uma profissão pelo resto da vida. Grandes personagens do conhecimento da História, como Alberte Einstein, Leonardo da Vinci e Isaac Newton, eram multiprofissionais. O professor pode, assim, fomentar trabalhos e pesquisas que façam os alunos entenderam que empreendedorismo não se limita a abrir um negócio, mas ter uma postura para trabalhar, criar, construir e ser feliz.

é preciso inspirar o jovem a oferecer o melhor de si ao mundo por meio do trabalho, seja no desenvolvimento de um projeto, seja na execução dele. A profissão de cada um de nós é um compromisso ético que assumimos e, nesse sentido, empreender é uma atitude eticamente desejável. Etimologicamente, empreender significa prender com as mãos. Está lançado, pois, o grande desafio: segurar firme a oportunidade de fazer um futuro melhor.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

" Redes sociais - comportamento, maturidade e oportunidade na escola."

Há quatro meses atrás, participei de um seminário cujo tema foi "a nova realidade tem voz" produzido por uma renomada universidade   de nosso país.  O evento reuniu educadores, políticos, publicitários, administradores, jornalistas, blogueiros, entre outros, para discutir para discutir o impacto das redes sociais no comportamento de pessoas e empresas. 
E, vendo que o grande embate em nossas escolas hoje é a questão do uso de celulares pelos nossos alunos, lanço aqui o que presenciei no referido seminário e lanço também, indagações a respeito do assunto no ambiente educacional.
Aparentemente, ainda há muita especulação, dúvidas e questionamentos sobre como se aproveitar das redes sociais para usos efetivos em publicidade, comunicação, campanhas políticas, divulgação de eventos, comércio, etc. Portanto, devemos permitir também muitas dúvidas no que tange ao papel dessas redes nos processos educacionais.
Duas verdades aparecem de forma muito cristalina ao analisarmos todo esse contexto e me permito aqui compartilhá-las:

1 - Novo comportamento digital

É capital a compreensão, por parte dos educadores, do poder de mobilização que os computadores exercem sobre toda uma geração (arrisco dizer que todos abaixo dos 30 anos). Essa geração, quando está na frente de um computador, é capaz de entreter-se sem limite, de forma compulsiva, independente do local onde esteja. Além disso, parece capaz de manter a atenção voltada a tudo que acontece a sua volta enquanto "navega" freneticamente. No seminário havia centenas desses jovens, em sua maioria analistas ou gerentes da área de comunicação ou marketing de grandes empresas. Eles assistiam às palestras enquanto navegavam, clicavam, comunicavam-se, "twitavam", mandavam e-mails, trabalhavam, tudo ao mesmo tempo, numa digitação frenética, e com a maior naturalidade. Era como se a conversa no palco fosse música de fundo, tema para trabalhar ou se comunicar. 
Se alguém já visitou a Campus Party, mega encontro de internautas anualmente realizado na cidade de São Paulo, veria esse comportamento ainda mais potencializado. Insano ou real, produtivo ou superficial, difícil julgar, mas o processo cultural parece bem maduro. Tenho amigos, profissionais maduros, capazes de produzir uma dezena de posts diários no twitter, retroalimentando toda uma cadeia de outros profissionais com pitadas de conhecimento, humor e cultura. Fazem isso naturalmente, diariamente, cotidianamente, enquanto continuam tocando suas vidas (e trabalham, têm filhos, esposas, maridos, cachorros,...). Escrevem quando assistem ao jogo de seu time , quando chegam do cinema, quando estão no restaurante, quando acabam de ler um livro interessante... Será que esse comportamento é mesmo inexorável, ou seja, se instalará em todos nós?
Se fizermos um corte rápido para nossos cenários escolares, veremos nossos adolescentes diante da mesma compulsão - eles podem ficar horas sentados, manipulando ao mesmo tempo dois ou três desses equipamentos de publicação, comunicação e entretenimento e ainda manter um olho no que vem da tv ou do mundo analógico. E ainda continuam conversando com amigos que acabaram de ver, com os que estão ao seu lado e com outras pessoas que nunca viram. Se os deixarmos livres como seus celulares na sala de aula, são capazes de navegar e conversar por baixo das carteiras enquanto nos degladiamos, buscando capturar sua atenção.
Será que devemos acreditar que eles podem produzir mais se liberados a fluírem em suas formas naturais de comunicação, ou seja, se os deixarmos utilizar livremente seus instrumentos de comunicação? Conseguiremos cooptá-los, planejando colocar seus brinquedinhos a serviço dos nossos objetivos curriculares? Poderia ser um estratégia didática utilizarmos os celulares para projetos em sala de aula, oficializando assim esse instrumento tão versátil, ou será melhor banirmo-los das salas de aula? Qual nosso papel diante desse enorme desafio? Como conscientizar nossos futuros cidadãos a se apropriarem de forma equilibrada dessas tecnologias?

2 - O poder do indivíduo, do cidadão

Outra constatação importante que fiz nesse seminário, foi a de que as redes socais dão poder (empowerment) ao cidadão comum, ou seja, dão-lhes vez e voz. Um exemplo desse fato, foi por ocasião da Copa do Mundo passada, quando um cidadão pode mandar o Galvão Bueno "calar a boca" (ele ouviu e reagiu). Um outro exemplo mais próximo do que me refiro, foi quando o prefeito de Goiânia, ficou sabendo via rede social, que uma empresa de telefonia estava realizando uma obra irregular em área imprópria. Ele ouviu e também reagiu, embargando a obra e multando a referida empresa. As empresas tem hoje, nas redes, possibilidades de ouvir seus clientes e não clientes numa escala e com uma agilidade nunca antes possível. Esses clientes estarão formando opinião para a produção e readequação de produtos e serviços numa dinâmica inédita no processo de produção. 
Uma opinião mal dada, um erro de ortografia, um equivoco menor pode levar hoje uma celebridade à lona em algumas horas. O consumidor/espectador finalmente fala e é ouvido. E isso amadurece rápido, tanto que empresas, agências de publicidade, veículos de mídia, políticos, entre outros, debruçam-se sobre esse fenômeno para capturar mais e melhores resultados. 
O indivíduo que tem uma boa ideia, hoje pode empreender e transformá-la num negócio com pouca intermediação. Nunca tivemos acesso aos meios de produção e comercialização de maneira tão simples e direta.

E nós, na escola, o que podemos tirar disso tudo? Como isso impacta nossos resultados? Vamos primeiro analisar o aluno e seu novo poder (sua voz sendo ouvida). Ele pode querer escolher mais e melhor o que consumir em seu cardápio curricular. Ele pedirá uma política mais abrangente, na qual seus interesses serão ouvidos e atendidos. Estamos preparados para esse currículo plural? Nossos currículos vão dar conta desse desafio? Vamos ter de ser muito mais significativos para o aluno do que somos. 
Vamos olhar agora para o professor empreendedor. Devemos usar computadores e celulares em nossas atividades curriculares? Até onde o professor deve ir para acompanhar as transformações tecnológicas?

Considerem essas indagações como provocação para uma reflexão profunda e de longo alcance sobre os desígnios do processo educacional formal, em busca de uma escola que responda as necessidades de uma sociedade em transformação.