quarta-feira, 18 de julho de 2012

Anápolis está entre as DEZ primeiras cidades digitais do Brasil.




O termo Cidade Digital (ou Cibercidade) abrange quatro tipos de experiências que relacionam cidades e novas tecnologias de comunicação. Em primeiro lugar, e parece ter sido essa a origem do termo, entende-se por Cidade Digital projetos governamentais, privados e/ou da sociedade civil que visam criar uma representação na web de um determinado lugar. Cidade Digital é aqui um portal com informações gerais e serviços, comunidades virtuais e representação política sobre uma determinada área urbana. Um dos projetos pioneiros foi “De Digitale Stad”, da cidade de Amsterdã, criado em 1994 por uma organização civil hoje transformada em entidade de utilidade pública.

Entende-se, em segundo lugar, por Cidade Digital, a criação de infra-estrutura, serviços e acesso público em uma determinada área urbana para o uso das novas tecnologias e redes telemáticas. O objetivo é criar interfaces entre o espaço eletrônico e o espaço físico através de oferecimento de teleportos, telecentros, quiosques multimídia e áreas de acesso e serviços. Há inúmeras iniciativas no Brasil. O Ministério das Comunicações elaborou um Plano Nacional de Cidades Digitais para levar banda larga a todo o país. O objetivo é articular ações de inclusão digital, levando acesso à internet para toda a população em cinco anos.

Um terceiro tipo de Cidade Digital refere-se a modelagens 3D a partir de Sistemas de Informação Espacial (SIS, spacial information system e GIS, geographic information system) para criação de simulação de espaços urbanos. Esses modelos são chamados de “CyberCity SIS” e são sistemas informatizados utilizados para visualizar e processar dados espaciais de cidades. As simulações ajudam no planejamento e gestão do espaço, servindo como instrumento estratégico do urbanismo contemporâneo.

A quarta categoria, que podemos chamar de “metafórica”, é formada por projetos que não representam um espaço urbano real. Estes projetos são chamados por alguns autores de “non-grounded cybercities”, cidades não enraizadas em espaços urbanos reais. Essas Cidades Digitais são sites que criam comunidades virtuais (fóruns, chats, news, etc.) utilizando a metáfora de uma cidade para a organização do acesso e da navegação pelas informações. Nesse caso, não há uma cidade real, como por exemplo “Twin Worlds”, “V-Chat”, “DigitalEE” ou o popular “Second Life”.

“É importante destacar que, além da amostragem maior e mais
abrangente, incluindo municípios de todas as regiões do país, houve
também uma melhora na pontuação das cidades que participaram pela segunda vez da pesquisa. Prova disso é o aumento médio de 22% na pontuação dessas cidades”, afirmou Hélio Graciosa, presidente do CPqD.

Para medir o nível de digitalização das cidades brasileiras, o CPqD, em parceria com a Momento Editorial, criou um questionário com perguntas formuladas a partir de critérios relacionados à infraestrutura tecnológica (equipamentos, cobertura geográfica, disponibilidade de serviços digitais e recursos de acessibilidade) para pessoas com deficiências físicas ou analfabetas. O questionário foi respondido por cem municípios de todas as regiões do Brasil. As cidades foram agrupadas em seis níveis de desenvolvimento digital.
A premiação deste ano mostrou que boa parte dos municípios analisados conseguiu avançar de posição e 30 já estão no grau intermediário de desenvolvimento digital (o equivalente ao nível três, numa escala de um a seis). Na primeira edição do estudo, realizada no ano passado, apenas quatro das 75 cidades estavam nesse estágio.
Como em 2011, as quatro primeiras posições do ranking deste ano são ocupadas por capitais: Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Vitória.
Esta é a lista dos municípios classificados nas dez primeiras posições do Índice Brasil de Cidades Digitais 2012 - e suas respectivas pontuações:


1.º - Curitiba (PR)  - 423 pontos
2.º - Rio de Janeiro (RJ) - 407 pontos
3.º - Belo Horizonte (MG) - 398 pontos
4.º - Vitória (ES) - 396 pontos
5.º - Campinas (SP) - 390 pontos
6.º - Sorocaba (SP) - 388 pontos
6.º - Anápolis (GO) - 388 pontos
7.º - Porto Alegre (RS) - 387 pontos
8.º - Jundiaí (SP)  - 385 pontos
9.º - Guarulhos (SP) - 382 pontos
10.º - Santos (SP)  - 378 pontos
Hotspot

São pontos de acesso livre à internet. Nos hotspots, com um notebook ou um computador de mão, com placa de rede sem fio, ou com celular WiFi, é possível acessar a Internet gratuitamente e navegar por tempo indeterminado no site da Prefeitura e por tempo limitado a três horas diárias em outras páginas.

As metrópoles são hoje cidades “desplugadas”, ambientes de conexão envolvendo o usuário em mobilidade, interligando máquinas, pessoas e objetos no espaço urbano. Os lugares tradicionais, como ruas, praças, avenidas estão, pouco a pouco, transformando-se com as novas práticas socioculturais de acesso e controle da informação. A máxima que reza que o ciberespaço desconecta-se do espaço físico não se sustenta atualmente. A cidade contemporânea caminha para se transformar em um lugar de conexão permanente, ubíquo, permitindo trocas de informação em mobilidade criando “territórios informacionais”.

Em todas as acepções do termo, fica evidente que por Cidade Digital não podemos pensar em um espaço abstrato na Internet. Devemos compreendê-la como uma nova dimensão do urbano, e não como uma “outra” cidade, como um espaço “virtual” ou como uma “cidade na internet”. Trata-se efetivamente de uma reorganização das cidades existentes, fruto da nova relação entre o espaço urbano (e suas práticas) e as tecnologias digitais de informação e comunicação. Cidades Digitais são as aquelas em que a interface de redes e tecnologias informacionais com o espaço urbano já é uma realidade.

O objetivo maior dessa nova infra-estrutura é promover o vínculo social, a inclusão digital, democratizar o acesso à informação, produzir dados para a gestão do espaço, aquecer as atividades políticas, culturais e econômicas e reforçar a dimensão pública. O desafio é criar formas de comunicação e de uso do espaço físico, favorecer a apropriação social das novas tecnologias e fortalecer a democracia com experiências de governo eletrônico e cibercidadania. A atual revolução na infra-estrutura urbana é uma das mais fundamentais mudanças no desenvolvimento das redes urbanas desde o começo do século passado.

E, aguardem... nossa cidade em breve terá um PLANETÁRIO!!!!!!


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