A dislexia é um distúrbio de linguagem sem causa definida, que traz dificuldades para ler , escrever e também soletrar. Os especialistas não sabem ao certo o que leva algumas pessoas a desenvolver isso. Existem pesquisas apontando que o problema poder ser herdado de pai para filho. Não tem cura, mas tem tratamento, ou seja, aprende-se a superar as dificuldades e a traçar novas rotas cerebrais para entender com perfeição um texto. O disléxico apresenta falha na decodificação da linguagem escrita. Isso significa que nem sempre identifica as letras de uma palavra e também pode não relacionar o som à letra. Vale saber que não tem nada a ver com déficit intelectual. Mesmo assim, é comum a criança passar a se inferiorizar, o que, em um futuro próximo, pode traduzir em baixa estima. Existem, inclusive, adultos que são disléxicos e não sabem. E amargam frustrações - sociais e profissionais - ao longo da vida.
Descobrir o problema precocemente é o ideal para evitar que os danos emocionais se instalem. O diagnóstico, porém, nem sempre é tão simples. E, somos, nós, educadores os principais responsáveis para tal. Por volta dos sete anos de idade acontece a alfabetização. E esse é um processo bem individual: algumas crianças pegam o jeito das palavras rapidamente e outras tropeçam até conseguir formá-las e interpretá-las corretamente. Além disso, problemas de visão, audição, déficits intelectuais, alterações de comportamento e métodos de ensino pouco estimulantes podem prejudicar o aprendizado do abecedário nessa fase. Daí vem a grande e necessária formação adequada do profissional da educação na primeira fase do Ensino Fundamental.
O que os especialistas recomendam, em caso de suspeita de dislexia, é uma avaliação cautelosa realizada por médicos e psicólogos.O tratamento também envolve esses profissionais e tem como objetivo ajudar a pessoa a traçar um novo caminho e, assim, ativar outras áreas cerebrais que deem apoio para a leitura. No caso, esse objetivo seria formar a palavra e desenvolver a fluência no texto. A escola, como anteriormente citado, tem papel importantíssimo em toda essa etapa, ajudando a identificar as falhas da criança durante a aprendizagem, ou ao longo do tratamento. Uma coisa é certa: com a ajuda adequada qualquer disléxico pode driblar suas dificuldades e, finalmente, conseguir reunir as palavras de uma maneira que faça todo o sentido.
Enfim, quanto mais cedo o problema for tratado, melhor será o rendimento escolar, profissional e até social da pessoa. Eis, alguns famosos que sofreram ou sofrem do distúrbio:
- Leonardo da Vinci, artista, escultor, cientista: "Você poderia preferir um bom cientista sem habilidades literárias, a um literata sem conhecimentos científicos".
- Winston Churchill: "Fui totalmente desestimulado em tudo, em meus dias de escola. E nada é mais desencorajador do que ser marginalizado em sala de aula, o que leva a nos sentirmos inferiores em nossa origem humana".
- Tom Cruise, ator: "Eu tinha que treinar a mim mesmo para concentrar minha atenção. Assim, me tornei muito visual e aprendi como criar imagens mentais para poder compreender o que lia".
- Albert Eisntein, um dos maiores cientistas de todos os tempos: "Quando eu lia, somente ouvia o que estava lendo, e era incapaz de lembrar a aparência visual da palavra que lia".
- Thomas Alva Edison, o maior inventor de todos os tempos: "A mais satisfatória forma de arrebatamento é pensar, pensar e pensar".
- Cher, cantora e atriz: "Meus dias na escola foram muito difíceis. Eu só conseguia aprender quase tudo, através de meu canal auditivo. Por isto, em meu boletim sempre constava a seguinte observação: "Não se valeu de todo seu potencial para aprender".
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