sexta-feira, 1 de julho de 2011

Dislexia : as palavras sem sentido.

O texto com parágrafos longos ou vocábulos recheado de termos novos pode ser um desafio e tanto para um disléxico. O problema anda em moda nas escolas e boa parte das crianças com algum tipo de dificuldade de leitura ganha esse rótulo. Na prática, estudos recentes, capitaneados pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, mostraram que,de cada 100 alunos encaminhados ao médico com suspeita de dislexia,apenas três  apresentaram o distúrbio. De qualquer forma, o diagnóstico precoce é essencial para barrar um ciclo bem conhecido entre os que sofrem de dislexia: a criança tem dificuldade de aprender, não se arrisca, para estudar e perde o interesse pela escola por medo, por puro medo. Na sala de aula, o disléxico, diante de um texto, pode ter dor de barriga, suar e sentir um mal-estar.
A dislexia é um distúrbio de linguagem sem causa definida, que traz dificuldades para ler , escrever e também soletrar. Os especialistas não sabem ao certo o que leva algumas pessoas a desenvolver isso. Existem pesquisas apontando que o problema poder ser herdado de pai para filho. Não tem cura, mas tem tratamento, ou seja, aprende-se a superar as dificuldades e a traçar novas rotas cerebrais para entender com perfeição um texto. O disléxico apresenta falha na decodificação da linguagem escrita. Isso significa que nem sempre identifica as letras de uma palavra e também pode não relacionar o som à letra. Vale saber que não tem nada a ver com déficit intelectual. Mesmo assim, é comum a criança passar a se inferiorizar, o que, em um futuro próximo, pode traduzir em baixa estima. Existem, inclusive, adultos que são disléxicos e não sabem. E amargam frustrações - sociais e profissionais - ao longo da vida.
Descobrir o problema precocemente é o ideal para evitar que os danos emocionais se instalem. O diagnóstico, porém, nem sempre é tão simples. E, somos, nós, educadores os principais responsáveis para tal. Por volta dos sete anos de idade acontece a alfabetização. E esse é um processo bem individual: algumas crianças pegam o jeito das palavras rapidamente e outras tropeçam até conseguir formá-las e interpretá-las corretamente. Além disso, problemas de visão, audição, déficits intelectuais, alterações de comportamento e métodos de ensino pouco estimulantes podem prejudicar o aprendizado do abecedário nessa fase. Daí vem a grande e necessária formação adequada do profissional da educação na primeira fase do Ensino Fundamental. 
O que os especialistas recomendam, em caso de suspeita de dislexia, é uma avaliação cautelosa realizada por médicos e psicólogos.O tratamento também envolve esses profissionais e tem como objetivo ajudar a pessoa a traçar um novo caminho e, assim, ativar outras áreas cerebrais que deem apoio para a leitura. No caso, esse objetivo seria formar a palavra e desenvolver a fluência no texto. A escola, como anteriormente citado, tem papel importantíssimo em toda essa etapa, ajudando a identificar as falhas da criança durante a aprendizagem, ou ao longo do tratamento. Uma coisa é certa: com a ajuda adequada qualquer disléxico pode driblar suas dificuldades e, finalmente, conseguir reunir as palavras de uma maneira que faça todo o sentido. 
Enfim, quanto mais cedo o problema for tratado, melhor será o rendimento escolar, profissional e até social da pessoa. Eis, alguns famosos que sofreram ou sofrem do distúrbio:

  • Leonardo da Vinci, artista, escultor, cientista: "Você poderia preferir um bom cientista sem habilidades literárias, a um literata sem conhecimentos científicos".
  • Winston Churchill: "Fui totalmente desestimulado em tudo, em meus dias de escola. E nada é mais desencorajador do que ser marginalizado em sala de aula, o que leva a nos sentirmos inferiores em nossa origem humana".
  • Tom Cruise, ator: "Eu tinha que treinar a mim mesmo para concentrar minha atenção. Assim, me tornei muito visual e aprendi como criar imagens mentais para poder compreender o que lia".
  • Albert Eisntein, um dos maiores cientistas de todos os tempos: "Quando eu lia, somente ouvia o que estava lendo, e era incapaz de lembrar a aparência visual da palavra que lia".
  • Thomas Alva Edison, o maior inventor de todos os tempos: "A mais satisfatória forma de arrebatamento é pensar, pensar e pensar".
  • Cher, cantora e atriz: "Meus dias na escola foram muito difíceis. Eu só conseguia aprender quase tudo, através de meu canal auditivo. Por isto, em meu boletim sempre constava a seguinte observação: "Não se valeu de todo seu potencial para aprender".




















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