quinta-feira, 5 de maio de 2011

A Educação em Goiás: a arrancada pela excelência na qualidade do ensino.

Aproxima-se o período de renovação para o cargo de diretor das escolas da rede estadual de Goiás. Dessa vez, com uma série de inovações; algo jamais visto em âmbito regional. Uma das novidades: a SEDUC/GO, assume a responsabilidade, denominando-o de Processo de Escolha dos Diretores das unidades Escolares. Outra novidade: um cronograma dividido em quatro etapas, tem sua culminância com a escolha do diretor pela comunidade escolar no próximo dia 21 de junho.
Inserido no referido cronograma, está a realização de uma avaliação cujo objetivo é testar os conhecimentos dos candidatos inscritos no processo, em questões sobre gestão escolar.
Com esses novos critérios, o governo estadual dá os primeiros passos na busca pela melhoria da qualidade do ensino público porque, afastará do cargo, aqueles gestores despreparados, incapazes de administrar/gerir qualquer tipo de organização. E, como esse índice é alto em nosso meio; existem dos autoritários aos centralizadores; enfim, profissionais sem o perfil de empreendedor. 
Sabemos que o sucesso de qualquer empreendimento/instituição, depende unicamente de seu comandante.
Esse novo modelo a ser aplicado em Goiás à partir de agora, nos remete ao nosso vizinho,  Chile. Este, foi o país sul-americano que mais avançou no ensino na última década. Portador de uma história quase que semelhante à nossa quanto aos governos ditatoriais teve nos recentes governos democráticos lá instalados a inovação educacional. Estes, mostram um caso emblemático de como uma política duradoura, a salvo de trocas de poder, é decisiva para elevar o nível do processo ensino-aprendizagem.
O impressionante salto do Chile deve-se à aplicação disciplinada, em todas as escolas públicas, de medidas de eficácia já comprovadas em vários países. Levando em frente os novos critérios propostos pela SEDUC/GO, nosso estado poderá também na área educacional muito em breve ser objeto de estudo por especialistas na área.
E, quais foram as reformas implantadas no Chile que foi responsável pela aceleração do ensino público local? Estudiosos do caso contabilizaram sete pontos básicos e primordiais. Entre eles:

  • Os diretores passam por uma severa seleção, em que são entrevistados e precisam apresentar um bom plano de gestão para a escola. Ficam no cargo por cinco anos, renováveis por outros cinco.
  • Os docentes mais eficazes recebem bônus de até 30% no salário.
  • Professores, diretores, escolas e alunos são avaliados e suas médias subsidiam as políticas públicas e repasse de verbas.
O mérito do Chile foi aplicar com disciplina e persistência, iniciativas de eficácia já testadas. Elas só permaneceram de pé ao longo de duas décadas ininterruptas - a salvo de trocas de poder, ideologias e ingerência políticas que costumam provocar retrocessos na área. Ou seja, apesar da mudança de governantes, a política educacional permaneceu a mesma.
Nesse contexto, as novas diretrizes traçadas pela SEDUC/GO, sob o comando do Secretário Thiago Peixoto. tem tudo para dar certo. Pois, a mesma está praticamente nos moldes aplicados no Chile. Vale lembrar que no caso chileno, os mandatos de cinco anos só são renovados mediante bom desempenho, o que deixa os diretores em permanente estado de vigilância.
Mas, se a intenção do governo estadual é arrancar no plano educacional, como ficará a questão das escolas conveniadas onde os gestores não passarão pelo processo seletivo? Existem casos em que o cargo está nas mãos de ma mesma pessoa há tempos, como se fosse vitalício. Não é injusto para com aqueles que enfrentarão as quatro etapas do Processo de Escolha na rede oficial?
Com certeza, a grande maioria dos profissionais da educação goiana fazem o mesmo questionamento.E, esse deverá ser um ponto a ser pensado pelo nosso atual Secretário da Educação.
Outro ponto também que deve ser modificado aqui em Goiás, é a questão da avaliação dos professores via portfólio. Este, é mais pura e real prova de que não funciona como método de avaliação; em grande parte, a equipe envolvida no processo avaliativo, o fazem de acordo a "proteger" os maus profissionais. Esperamos também novidades nesse quesito.
Enfim, o motor das mudanças chilenas se alicerça em uma premissa tão básica quanto eficaz: a meritocracia que é levada nesse país às últimas consequências. Que em Goiás ocorra o mesmo! É o que esperamos, desejamos e queremos. Ao nosso Secretário Thiago, parabéns pela iniciativa em mudar algo que já nos era arcaico e obsoleto. Dias melhores virão para a EDUCAÇÃO goiana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário