quarta-feira, 30 de março de 2011

" 31 de Março de 1964 - episódio que impediu o desenvolvimento do Brasil."

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Ao iniciar a década de 60, a nação brasileira passa a enfrentar crises jamais vistas anteriormente. Nosso país passava por momentos difíceis. Indefinições econômicas e políticas legavam ao país um clima de intranquilidade e incertezas.
     No período de 1961-1964, verifica-se a emergência de um Executivo que se distinguiu fundamentalmente pela tentativa de realizar um amplo programas de Reformas(econômicas, sociais e políticas). Tais reformas, anunciadas pelo então presidente João Goulart, denominadas de Reformas de Base, causou alvoroço geral na sociedade brasileira. Estas, se implementadas, certamente, teriam mudado os rumos da nação brasileira. Uma das áreas inseridas nas reformas de base: educação. Ponto muito importante e que tinha o apoio da UNE (União Nacional dos Estudantes).Havia necessidade de mais escolas e universidades públicas de bom nível. E, os estudos, deveriam ser voltados para os problemas nacionais. Na época, falava-se que "era preciso parar de copiar modelos estrangeiros e passar a pensar de forma brasileira os problemas nacionais."
   Vale ressaltar que o presidente da UNE em 1960 era o goiano Aldo Arantes, que décadas depois, veria a ser destaque no cenário político do Estado de Goiás.
   As reformas propostas por Jango, eram voltadas para outro tipo de desenvolvimento: o capitalista nacional. E, isso mexia com privilégios da então elite dominante que não admitiam perder alguns deles. E, para tanto, com o objetivo de mantê-los, recorreram a mão armada do golpe militar. Aqueles que o apoiaram, denominaram o episódio de "Revolução de 1964." Mas, se o termo revolução significa uma mudança radical nas estruturas de um país, teria sido mesmo uma revolução em 1964? 
   Para historiadores e sociólogos, não. Pois, não foi como a Francesa(1789) que aboliu o sistema feudal e o poder absoluto dos reis ou, como a Cubana (1959) que, pôs fim ao latifúndio e ao poder dos americanos naquela ilha. No Brasil após 1964, as estruturas continuaram as mesmas: foi preservado a profunda desigualdade social que existia em nossa sociedade e a novidade foi o controle dos direitos democráticos dos cidadãos brasileiros.
    Dessa forma, o retrocesso instalava-se na nação brasileira. E, as consequências desse episódio foi mergulhar o país, os estados da federação bem como os seus municípios em uma verdadeira ditadura militar. E, nesse contexto, em Goiás, ao repelir o golpe de 1961, o então governador do estado, Mauro Borges Teixeira se tornou imperdoável e passou a configurar no "index" dos estrategistas que impuseram ao País vinte e um anos de ditadura. Em Anápolis, a classe política foi levada no arrastão que colocou quase toda a sociedade brasileira contra o comunismo, contra o pluralismo e a favor da dominação do país pelo capital internacional. Na época, devido a influência pela campanha contra o comunismo, o Legislativo anapolino iniciou o processo de cassação do vereador Geraldo Tibúrcio. Para muitos, o vereador era tido como um dos mais agitados comunistas de Anápolis. E, a classe política anapolina foi unâmime a favor da cassação. 
   Assim, as classes dominantes, através do Estado burguês militarizado , excluíram as classes trabalhadoras e populares da cena política, pondo fim à democracia e também anulando um processo que levaria o Brasil na direção de potência econômica mundial.

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