quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O sucesso do Snapchat sugere a decadência do Facebook?

Snapchat
Snapchat

O aplicativo Snapchat não é tão popular por aqui, mas todos os sites divulgaram quando eles incrivelmente recusaram uma proposta de US$ 3 bilhões da Facebook pela aquisição da startup. Alguns rumores afirmam que também recusaram outra proposta ainda maior, uma de US$4 bilhões da Google.
O serviço é algo entre o Instagram e o WhatsApp. Você conversa com seus amigos, mas ao invés de mandar mensagens, você manda uma foto que se auto-destroi. Você também pode editar e inserir textos na imagem.
A startup que poucas pessoas conheciam até pouco tempo atrás tem visto um crescimento possivelmente inédito na indústria móvel (ou de tecnologia em geral). Em junho, eles reportaram que os seus 100 milhões de usuários já teriam enviado 110 milhões de imagem ao total. Poucos meses depois, em outubro, eles afirmaram que seus usuários estavam enviando 350 milhões de imagens por dia.
Porém, muitos se questionam se isso é algo que vai durar ou se é apenas algo que as pessoas perderão interesse em breve. Mas talvez mais importante do que isso seja: Como monetizar o serviço?
A agora COO da Snapchat, Emily White, que foi movida internamente do Facebook para o Instagram, agora vai para o Snapchat e terá como objetivo conseguir monetizar a plataforma.
Isso muito provavelmente significa propagandas. Até mesmo porque foi essa a estratégia enquanto ela estava no Instagram, o que não foi muito bem recebido pelos usuários. Porém, todos acreditam que ela fez um ótimo trabalho, já que não atrapalha tanto os usuários.
Porém, no Snapchat as coisas não são "tão simples". Uma das principais funções do serviço é que as fotos enviadas se auto-destroem depois de visualizadas. Sendo assim, será que as propagandas vão agir como imagens comuns, chegando para os usuários e sumindo pouco tempo depois? Ou será que a executiva tem algo diferente em mente?
A verdade é que com centenas de milhões de usuários que estão usando tão assiduamente o aplicativo, eles tem algo realmente enorme em mãos. Além disos, ele continua crescendo bastante e abocanhando uma parcela da população que vem perdendo bastante o interesse em outras redes sociais como o Facebook, os adolescentes.
Será que estamos começando a ver o fim do Facebook? Qualquer um que está mais conectado às redes sociais há mais tempo sabe que pelo menos até agora, todas as plataformas tem um tempo de vida. Não é difícil lembrar de redes sociais que eram gigantes e que ninguém mais usa.
Alias, não é por nada que o próprio Facebook estava disposto a investir US$ 3 bilhões na compra do serviço, tendo supostamente já oferecido US$1 bilhão pouco tempo atrás. Eles sabem muito bem dos perigos que surgem a cada novo serviço. Com o Instagram conseguiram comprar, mas com o Snapchat não deu certo.
Por outro lado, o Facebook e o Snapchat são serviços com propostas diferentes. O sucesso de uma não significa a decadência de outra. Mas mostra que tudo muda e é necessário acompanhar a demanda do mundo que está cada vez mais conectado, rápido e preocupado com privacidade.
A verdade é que os adolescentes quase sempre são os primeiros a aderirem ao qe vai ser a nova tendência. Foi assim com diversos outros grandes sucessos, inclusive o Facebook. Vamos ver o que Zuckerberg tem preparado para lidar com tudo isso.

(Portal R7 - 04/12/2013)

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